2008/04/30
Santo Agostinho professor
do secundário (Trivium e Quadrivium) em Cartago e em Roma
Em 383 da nossa Era, o futuro Santo Agostinho, ainda não convertido ao Cristianismo, está a ensinar em Cartago.
Desloca-se porém para Roma, porque a isso é convidado, para aqui continuar a exercer o ensino também.
Nas “Confissões” é ele próprio que nos conta as razões que o moveram a aceitar.
“Não quis ir para Roma – escreveu ele – porque os amigos que a isso me persuadiram, me prometiam maiores vencimentos e maior dignidade – ainda que tais coisas também influenciassem então o meu espírito – mas o maior motivo de todos e quase único era que ouvia dizer que lá os adolescentes frequentavam os estudos de uma forma mais pacata e eram refreados graças à aplicação mais rigorosa da disciplina, de modo a não invadirem a cada passo e turbulentamente as aulas daquele que não é seu mestre e a não serem admitidos expressamente sem a sua autorização. Pelo contrário, em Cartago, há um abuso vergonhoso e desregrado entre os estudantes: irrompem descaradamente e, em fúria, perturbam a ordem que cada um estabeleceu para proveito dos alunos (…)”
Fim de citação.
Tirado o uso moderno do telemóvel, parece uma cena da actualidade nas nossas Escolas…
Seia, 27.04.2008
A.C.R.
Desloca-se porém para Roma, porque a isso é convidado, para aqui continuar a exercer o ensino também.
Nas “Confissões” é ele próprio que nos conta as razões que o moveram a aceitar.
“Não quis ir para Roma – escreveu ele – porque os amigos que a isso me persuadiram, me prometiam maiores vencimentos e maior dignidade – ainda que tais coisas também influenciassem então o meu espírito – mas o maior motivo de todos e quase único era que ouvia dizer que lá os adolescentes frequentavam os estudos de uma forma mais pacata e eram refreados graças à aplicação mais rigorosa da disciplina, de modo a não invadirem a cada passo e turbulentamente as aulas daquele que não é seu mestre e a não serem admitidos expressamente sem a sua autorização. Pelo contrário, em Cartago, há um abuso vergonhoso e desregrado entre os estudantes: irrompem descaradamente e, em fúria, perturbam a ordem que cada um estabeleceu para proveito dos alunos (…)”
Fim de citação.
Tirado o uso moderno do telemóvel, parece uma cena da actualidade nas nossas Escolas…
Seia, 27.04.2008
A.C.R.
Etiquetas: Ensino