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2008/04/18

NOTÍCIAS DA SEMANA PARA ALGUNS GOSTOS E DESGOSTOS 

Comecemos pelos cinco-três do Sporting ao Benfica, para arrumar o assunto desde já.

O Santo Padre passou 4ª feira em Washington, recebido e guiado pelo Presidente Bush, em dia de anos (81) do Papa.

Ambos, nos seus respectivos discursos, sublinharam a importância da religião, da cristã em particular, para a governação e governabilidade dos povos. É, pois, importantíssimo que os povos se reconciliem com a Igreja, como o Papa pediu aos americanos.

Na área da saúde, saliente-se a notícia de “não haver provas convincentes” de que tomar suplementos vitamínicos prolongue a vida. Pelo contrário, por exemplo quanto às vitaminas A e E, podem encurtá-la, ao interferirem com as defesas naturais do corpo.

Ainda na área da saúde, foi interessante saber que os vírus da gripe nascem na Ásia do Sudeste, dão a volta ao mundo e extinguem-se, todos os anos, nos hemisférios norte e sul, sobrevivendo apenas no sudeste asiático, para começarem a corrida no ano seguinte. Quer dizer: caso se conseguisse extinguir os vírus na Ásia, talvez se acabasse para sempre com a gripe, que anualmente mata no mundo entre 250 mil e 500 mil pessoas.

A propósito também de saúde, importa referir a notícia da abertura, em Valpaços, na 5ª feira, por quatro dias, da I Mostra do Azeite de Trás-os-Montes, que visa divulgar e valorizar o azeite de qualidade da região.

Ele há lá nada melhor para a saúde que um excelente azeite!

E Deus queira que o ano corrente vá climaticamente melhor para a produção de azeite trasmontano, a qual em 2007 diminuiu 35,5% relativamente a 2006, devido às contrariedades do clima.

Mudemos de área, para a política.

Na 4ª e 5ª feira, no Porto e em Lisboa, manifestaram-se dezenas de milhares de trabalhadores, contra o novo projecto de Código do Trabalho.

Como é clássico, trata-se de tentar impedir alguma abertura do governo para diminuir a rigidez da lei, quanto ao despedimento e disciplina laboral.

Aqui se verá se a tão proclamada força e disposição do governo para reformar, inovando, é efectiva ou fictícia, isto é, deixando tudo na mesma ou, ao contrário, melhorando de facto, para bem do País em geral.

Mudar para pior parece, todavia, o mais fácil.

É o caso na nova lei sobre o divórcio.

Sobre ela fica dito o principal, citando o que sobre esse projecto escreveu ontem, no Público, Isilda Pegado:

“Alguns países têm já experimentado legislações que desvalorizam o casamento. Aquilo a que assistimos, alguns anos após, é a baixa de natalidade, com níveis alarmantes que exigem recursos políticos de enorme esforço financeiro (com poucos resultados).”

E logo a seguir:

“(…) lembrar que o casamento foi regulado na lei civil para proteger os mais fracos (as mulheres e os filhos). Destruir o instituto do casamento é deixar os mais fracos desprotegidos, sejam eles quais forem.”

Ponto final. Já vou demasiado longo sem falar da vitória de Berlusconi e da alta generalizada dos preços dos produtos alimentares, como gostaria.

Talvez a última notícia seja aquela, entre tudo quanto se conta e especula actualmente, que esconde ou prenuncia mais e maiores crises mundiais para as próximas décadas.

A.C.R.

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