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2008/04/28

A nova Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima:
Trata-se apenas da maior igreja do País? 


Em peregrinação a Fátima da minha actual paróquia, Várzea de Meruge, fomos no Feriado (25 de Abril) cento e dez paroquianos, entre eles a minha mulher e eu.

O primeiro número do programa era uma visita à Igreja da Santíssima Trindade, guiada pelo Pároco, P.e Nuno, que nos acompanhava.

Foi a minha segunda visita à igreja, famosa apesar de ter sido inaugurada há menos de um ano.

Famosa pelo tamanho, antes de mais.

Dizem que leva nove mil pessoas, todas sentadas.

Impressiona sem dúvida pelo tamanho, em extensão e em altura, o que a torna efectivamente um espaço acolhedor e em extremo confortável.

Pode até recear-se que o principal objectivo da sua construção tenha sido o acolhimento do maior número possível de fiéis, bem abrigados da chuva ou do calor e do frio, de todas as possíveis inclemências do tempo, bem sentados e bem resguardados e com todo o arejamento necessário, em suma.

Suponho que também com boas condições sonoras, o que não tive ainda ocasião de confirmar, pois nunca encontrei a igreja a funcionar plenamente como tal.

As características apontadas não tornariam a igreja, como espaço construído, mais do que uma tenda gigantesca, segura e confortável.

Mas há que acrescentar a isso tudo o esmero artístico da decoração e das representações dos grandes símbolos e acontecimentos bíblicos e católicos.

Aliás, houve na escolha dos artistas a generosa e inteligente ambição de conseguir o maior número possível dos melhores nomes de várias nacionalidades (pelo menos oito*), que subscrevem todas as importantes obras de arte da igreja, no interior e no exterior. Algumas, ou mesmo todas, duma grande ousadia nos materiais, nas formas e nos enquadramentos, apesar disso sem chocantes desajustes de estilo, com o que já existia em todo o santuário.

Uma coisa é certa: O Santuário ganhou, simbolicamente, na demonstração, por via da arte da nova igreja, do seu carácter universalista, carácter bem comprovado nos peregrinos de muitas dezenas de nacionalidades que todos os anos o visitam.

O que faltará ainda, então, à nova igreja da Santíssima Trindade, para vermos nela mais que uma formidável, segura e confortabilíssima tenda?

Não sei ao certo, mas talvez o culto, isto é, um templo em integral funcionamento daquilo para que fundamentalmente existe: o culto em pleno, o ambiente de oração íntima e adoração ritual, em todo o seu esplendor de vida e acção das multidões ao encontro de Deus.

Exactamente isso que é tão sensível no ambiente lá fora, em todo o espaço do Santuário que já existia e continua a funcionar, com enorme intensidade.

Para já, a Igreja da Santíssima Trindade é apenas, ou fundamentalmente, uma nova prova da grande determinação em erguer aquela formidável realidade material, arquitectónica e de poder, que implicou enormes meios espirituais e materiais da Igreja Católica.

Não é tudo o que importa, mas é muito e é confortante.

Em todo o caso, será ainda mais importante quando as necessidades e possibilidades concretas do Santuário forçarem ou permitirem a plena exploração de todas as potencialidades e riquezas da nova igreja da Santíssima Trindade.

A.C.R.


*De Portugal, Canadá, Chipre, Irlanda, Itália, Eslovénia, Polónia e Alemanha.


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