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2008/01/20

PARA OS SEUS, CADA CIVILIZAÇÃO É A MELHOR DE TODAS? 

“O Ocidente não se convence que, para seu bem, a única civilização que deve defender é a sua.”

Uma afirmação escrita por V. Pulido Valente num pequeno artigo sobre a guerra no Afeganistão, chamado “A segunda derrota” (do Ocidente, entende-se), sábado último, no Público, sendo a outra derrota a suposta derrota no Iraque…

Explicação para aquela afirmativa, nenhuma.

A não ser que deva concluir-se, da derrota que ali, segundo V.P.V., ameaça o Ocidente, que nada vale a pena já em defesa e salvação daqueles muçulmanos e sua civilização, em revolta contra a ordem ocidental que juraram destruir. (Devemos destruí-los a eles?)

Isso apesar dos enormes esforços do Ocidente para salvar tantos deles e metê-los na ordem, uma ordem naturalmente de carácter ocidental, que é aquilo que os ocidentais conhecem e praticam melhor.

Penso haver clara contradição nos termos da doutrina do A., pois creio deva entender-se que, no fim de contas, os ocidentais ali estamos a defender, de facto, também o Ocidente e a civilização ocidental.

Arrumar ou ajudar a arrumar a casa dos outros, mesmo de outras civilizações, pode ser contributo decisivo para promovermos e defendermos a nossa própria casa, a nossa civilização.

Outra coisa certa, também, é que defendemos e defenderemos sempre melhor o que é nosso do que o alheio.

Razão de sobra para nos concentrarmos na defesa do que é nosso.

Mas terá de entender-se a afirmação de V.P.V. como querendo também dizer que devemos defender a nossa civilização, em primeiro lugar, porque ela é melhor que as outras, se não mesmo a melhor de todas?

Não creio ser necessário explicitar isso, pois é da ordem natural das coisas defender a nossa civilização porque… “porque sim”.

A civilização é uma Pátria alargada.

Defende-se naturalmente como defendemos a nossa Pátria.

E não é a nossa Pátria sempre a melhor Pátria do mundo?

Então porque não há-de a nossa civilização ser sempre a melhor civilização do mundo?

Como as Pátrias, as civilizações também se transformam e morrem “facilmente”!

Mesmo que ao fim de milhares de anos, para as civilizações, ou de muitas centenas, para as Pátrias.

Sentir-nos-íamos infelizes e traidores, se não fizéssemos o mais e o melhor possível para que a nossa civilização sobreviva à nossa geração, por muitas e muitas gerações.

O que não quer dizer que defendamos o imobilismo civilizacional ou que não haja uma ou umas civilizações com mais razões para sobreviverem que outras.

É lógico naturalmente acreditar que a nossa civilização está entre essas, as que têm mais razões para sobreviver.

Penso que é também nisso que V.P.V. acredita.

Até porque elas, as civilizações, conhecem-se pelos frutos.

Não temos que recear tirar conclusões dos factos objectivos.

Diria que estamos mesmo condenados a isso.

Ou que nos foi dada essa Graça.

A.C.R.

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