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2007/08/10

À Legião Patriótica (4)
O PNR, um partido nacionalista 

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Fundada por escritura pública, em 1995, a Aliança Nacional que, de facto visava, à distância, a sua eventual transformação em partido político, acabou por verificar-se, relativamente de pressa, que seria muito trabalhoso e caro conseguir as assinaturas necessárias para o efeito.

Por essa altura, fomos abordados por alguém do PRD- Partido Renovador Democrático que nos propôs o controlo do mesmo, desde que pagássemos as dívidas do partido às Finanças, que não eram grandes mas ainda assim umas centenas de contos.

A Aliança Nacional não tinha fundos para pagá-las, mas alguém à Aliança Nacional muito ligado, só de mim conhecido, deu a garantia de pagá-las logo que necessário.

Pude assim fechar a negociação com o então presidente do Partido, pouco depois falecido, o qual, com os seus últimos camaradas, procedeu à convocação do órgão partidário que podia decidir sobre a admissão dos sócios necessários, pela A.N. indicados, para tomarmos o controlo do PRD. Os seus estatutos, em nova reunião, também foram pouco depois alterados, mas apenas o estritamente necessário para não provocar ondas incontroláveis, e o próprio nome apenas mudado de PRD-Partido Renovador Democrático (o do General Eanes) para PNR-Partido Nacional Renovador (o nosso).

Com o "Nacional" apenas queríamos dar a entender que aquele era, finalmente, um partido anunciador do nacionalismo em Portugal.

Mas que nacionalismo?

O busílis era esse, porque nas eleições ao fim do primeiro mandato para que fui eleito presidente do partido, logo os ficheiros dos sócios apareceram enxameados de skin heads e outros que tais, admitidos ou inscritos sub-repticiamente, à margem dos órgãos partidários, de modo que tanto eu como o presidente da mesa do conselho geral de sócios fomos inteiramente apanhados de surpresa e formalmente derrotados sem remissão.

Os "vencedores" tinham nomes algo conhecidos, mas os beneficiários da "vitória", os skin heads e outros que tais, rapidamente, na primeira oportunidade, correram com eles, para inteiramente à solta elegerem outros dirigentes, nos seus lugares.

É evidente que o nacionalismo que o partido desde então vem proclamando nada tem a ver com o da Aliança Nacional.

Mas ainda mais: nada tem a ver também com o nacionalismo que conheci do actual presidente, que me dizem refém dos extremistas da citada origem, defensores orgulhosos dum nacionalismo inaceitável e irredentista.

O que nada tem de novo e não é exclusivo dos nacionalismos, porque também a chamada democracia do presidente Chávez da Venezuela, nada tem de democrática.

A.C.R.

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