2006/12/18
Jeane Kirkpatrick
A pouco mais de uma semana do seu falecimento, é recordada pelo seu combate político contra o comunismo e, mais especificamente, pelo papel desempenhado durante a presidência de Ronald Reagan ao serviço desse desígnio civilizacional.
Que, diga-se de passagem, deu o seu fruto, sobretudo na economia. Mas, talvez só na economia.
O desaparecimento de Jeane Kirkpatrick, e esta homenagem, surgem num momento em que é cada vez mais legítimo e pertinente questionar até que ponto a União Soviética foi derrubada em 1991.
Que o modelo económico-social – a carunchosa economia marxista – faliu, não há dúvidas. Mas, será isso suficiente para garantir que o mesmo aconteceu em termos políticos e ideológicos?
É certo que hoje ninguém preconiza na Europa, de forma aberta e clara, a luta de classes nem a propriedade colectiva dos meios de produção. Nem sequer os marxistas.
Mas a verdade é que se está a formar um eixo político, ideológico, e também economicamente activo – aí estão as estatizações na Venezuela e na Bolívia a prová-lo –, constituído pelo Irão, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e Bolívia, que a Rússia e a China olham com certa complacência. Diria que representam política e ideologicamente aquilo que resta do socialismo soviético e que se exprime através de um antiamericanismo primário, que se estende ao Ocidente, isto é, a todos nós.
Basta ver como Chávez corre para os braços de Ahmadinejad.
Antiamericanismo esse que, aliás, não é novo, pois serviu para alimentar as pretensões da União Soviética dos velhos tempos, mas no qual muitos europeus (ou eurolandeses?) continuam a embarcar.
Duas questões:
1. Morreu o marxismo?
2. Existe alguma afinidade entre o marxismo e o jihadismo?
À semelhança de Kirkpatrick, o Ocidente precisa hoje de gente lúcida e com visão de futuro, que saiba, com cabeça fria e sem excessivos dramatismos, identificar onde estão os seus inimigos: externos e internos.
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Que, diga-se de passagem, deu o seu fruto, sobretudo na economia. Mas, talvez só na economia.
O desaparecimento de Jeane Kirkpatrick, e esta homenagem, surgem num momento em que é cada vez mais legítimo e pertinente questionar até que ponto a União Soviética foi derrubada em 1991.
Que o modelo económico-social – a carunchosa economia marxista – faliu, não há dúvidas. Mas, será isso suficiente para garantir que o mesmo aconteceu em termos políticos e ideológicos?
É certo que hoje ninguém preconiza na Europa, de forma aberta e clara, a luta de classes nem a propriedade colectiva dos meios de produção. Nem sequer os marxistas.
Mas a verdade é que se está a formar um eixo político, ideológico, e também economicamente activo – aí estão as estatizações na Venezuela e na Bolívia a prová-lo –, constituído pelo Irão, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela e Bolívia, que a Rússia e a China olham com certa complacência. Diria que representam política e ideologicamente aquilo que resta do socialismo soviético e que se exprime através de um antiamericanismo primário, que se estende ao Ocidente, isto é, a todos nós.
Basta ver como Chávez corre para os braços de Ahmadinejad.
Antiamericanismo esse que, aliás, não é novo, pois serviu para alimentar as pretensões da União Soviética dos velhos tempos, mas no qual muitos europeus (ou eurolandeses?) continuam a embarcar.
Duas questões:
1. Morreu o marxismo?
2. Existe alguma afinidade entre o marxismo e o jihadismo?
À semelhança de Kirkpatrick, o Ocidente precisa hoje de gente lúcida e com visão de futuro, que saiba, com cabeça fria e sem excessivos dramatismos, identificar onde estão os seus inimigos: externos e internos.
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Em defesa do Ocidente, Manuel Brás, socialismo