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2006/10/12

A importância da ficção criativa para uma vida profissionalmente exigente 

Quis dizer, em suma, com o meu poste de ontem, sobre a literatura de ficção, que fazê-la é de algum modo forma de descomprimir e recuperar energias, como de afinar (afiar) o espírito para outras tarefas, habitualmente menos desconsideradas, seja a análise social e política, sejam as digressões entre a doutrina e a ideologia ou a História.

Sinto todos os dias que, sem praticar ficção literária, talvez não me fosse possível desenvolver também, além do blogue, actividades inteiramente de outro género a que responsabilidades assumidas me obrigam regularmente.

É certo que estas são actividades na linha do que profissionalmente fiz ao longo de grande parte da vida.

É o caso da Escola Profissional que, com a sua equipa de direcção pedagógica e de pessoal técnico-administrativo, de espírito muito jovem, num meio cheio de estímulos e exigências vindas de fora, obriga a manter forte pedalada para lançamento regular de novas iniciativas. Temos neste momento, pendentes de aprovação do ME, por exemplo, uma série de sete cursos (de algumas semanas a um ano) para a formação profissional na área do Turismo na Serra da Estrela. Acabamos de apresentar ainda uma outra candidatura ao programa de actividades de luta contra o insucesso e abandono escolares, criado recentemente pelo ME.

Estamos o mais possível empenhados no ataque àqueles males profundos da Educação nacional e local, mas tudo isso, que exige mais instalações do que tínhamos, é agora possível por termos desde há quatro anos lutado tenazmente, por construir novas instalações, que nos vão ser entregues pelo empreiteiro até ao fim do ano.

A formação é um caso, como disse.

Mas outro caso é a floresta, a sua defesa contra os fogos, sobretudo prevenindo-os, mas também procurando uma exploração dos seus recursos mais inteligente, mais diligente, de maiores proveitos e com maior utilização de mão-de-obra e mais progressos sociais e ambientais.

As ZIF – Zonas de Intervenção Florestal, de que estamos, um grupo de gente muito capaz, a procurar criar algumas, contíguas, numa grande extensão, destinam-se exactamente a conseguir, em dois a quatro anos, grandes avanços daqueles objectivos.

Creio que se vai conseguindo o grupo de competências adequado à sua promoção, capaz de mobilizar largas centenas de proprietários florestais para a compreensão e consolidação desses objectivos.

A.C.R.

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