2006/07/03
O que se passou em Espanha, em 1936-39,
Temos de reivindicá-lo como uma grande vitória da Europa.
Não se discute, hoje, que a partir da vitória eleitoral da Frente Popular espanhola, em 1936, “e mesmo antes, tinha-se desencadeado (em Espanha) um processo revolucionário que ultrapassou a ordem constitucional e que os nacionalistas aproveitaram para justificar a sua acção (o levantamento).”
Quanto a esta última parte, é preciso não esquecer que a Espanha estava a chegar ao fim dum longuíssimo período de mais de cem anos de invasões, guerras civis, golpes de Estado, parlamentarismo irresponsável, perda dos restos do Ultramar a favor sobretudo dos EUA (Filipinas e Cuba), sucessivos períodos de desordem e instabilidade política e económica profunda.
A velha e orgulhosa cabeça de um colossal império sentia-se cansada e esgotada de humilhações sem fim.
Como sempre, as esquerdas disto não percebem nada.
Essas esquerdas, desprezando ignobilmente o sentimento nacionalista dos Espanhóis, exacerbado pela incompreensão internacional, e valendo-se do modelo soviético então triunfante e do voto de milhões de iludidos por tal modelo, preparavam-se incontestavelmente para derrubar a ordem constitucional vigente, pois tinham ganho as eleições na base dum programa e mil promessas em grande parte inconstitucionais.
Queriam evidentemente substitui-la pela “ordem” constitucional soviética, transformando Espanha numa falperra social e política.
Admirava era que o Exército espanhol não reagisse como reagiu!
Alguns falam ainda hoje de forte apoio estrangeiro recebido imediatamente, pelos nacionalistas da parte de Itália e da Alemanha, em homens e armas, munições e combustíveis.
Ao contrário de muitos Estados europeus e americanos, esses países compreenderam sem demora o perigo de um novo estado soviético se instalar neste extremo da Europa, para mais precisamente ao lado duma França profundamente minada, onde uma Frente popular, igualmente dominada pelos comunistas, acabava também de ganhar as eleições.
Sem a reacção do Exército espanhol, a Europa Ocidental estaria controlada pelos soviéticos de Espanha, seguidos duma França moral e politicamente muito mais enfraquecida ainda, como os anos seguintes viriam comprovar.
Imagine-se o que seria, para o Mundo, uma Europa dominada directamente pela URSS, nos anos Trinta, através dos agentes soviéticos de Moscovo, em Madrid, Paris, talvez Lisboa!
E não se diga que Moscovo não fez tudo, mesmo militarmente, que lhe era na altura possível para vencer em Espanha.
Pois que foram as famosas Brigadas Internacionais, que logo actuaram decididamente no conflito de Espanha, senão brigadas generosamente armadas de “voluntários” recrutados em todo o Mundo pelo braço internacional do PC russo-soviético, o Komintern?
Derrotados, fundamentalmente, pela grandeza do esforço heróico do povo e exército espanhol, o que importa prospectivamente salientar, acima de tudo, é a enorme vitória que daí resultou para a Europa e para o Ocidente.
A.C.R.
Quanto a esta última parte, é preciso não esquecer que a Espanha estava a chegar ao fim dum longuíssimo período de mais de cem anos de invasões, guerras civis, golpes de Estado, parlamentarismo irresponsável, perda dos restos do Ultramar a favor sobretudo dos EUA (Filipinas e Cuba), sucessivos períodos de desordem e instabilidade política e económica profunda.
A velha e orgulhosa cabeça de um colossal império sentia-se cansada e esgotada de humilhações sem fim.
Como sempre, as esquerdas disto não percebem nada.
Essas esquerdas, desprezando ignobilmente o sentimento nacionalista dos Espanhóis, exacerbado pela incompreensão internacional, e valendo-se do modelo soviético então triunfante e do voto de milhões de iludidos por tal modelo, preparavam-se incontestavelmente para derrubar a ordem constitucional vigente, pois tinham ganho as eleições na base dum programa e mil promessas em grande parte inconstitucionais.
Queriam evidentemente substitui-la pela “ordem” constitucional soviética, transformando Espanha numa falperra social e política.
Admirava era que o Exército espanhol não reagisse como reagiu!
Alguns falam ainda hoje de forte apoio estrangeiro recebido imediatamente, pelos nacionalistas da parte de Itália e da Alemanha, em homens e armas, munições e combustíveis.
Ao contrário de muitos Estados europeus e americanos, esses países compreenderam sem demora o perigo de um novo estado soviético se instalar neste extremo da Europa, para mais precisamente ao lado duma França profundamente minada, onde uma Frente popular, igualmente dominada pelos comunistas, acabava também de ganhar as eleições.
Sem a reacção do Exército espanhol, a Europa Ocidental estaria controlada pelos soviéticos de Espanha, seguidos duma França moral e politicamente muito mais enfraquecida ainda, como os anos seguintes viriam comprovar.
Imagine-se o que seria, para o Mundo, uma Europa dominada directamente pela URSS, nos anos Trinta, através dos agentes soviéticos de Moscovo, em Madrid, Paris, talvez Lisboa!
E não se diga que Moscovo não fez tudo, mesmo militarmente, que lhe era na altura possível para vencer em Espanha.
Pois que foram as famosas Brigadas Internacionais, que logo actuaram decididamente no conflito de Espanha, senão brigadas generosamente armadas de “voluntários” recrutados em todo o Mundo pelo braço internacional do PC russo-soviético, o Komintern?
Derrotados, fundamentalmente, pela grandeza do esforço heróico do povo e exército espanhol, o que importa prospectivamente salientar, acima de tudo, é a enorme vitória que daí resultou para a Europa e para o Ocidente.
A.C.R.
Etiquetas: Em defesa do Ocidente