2005/08/02
“Economia e Nação”
Com este título, e confirma ele que aceitando um repto meu de 22, publicou aqui na 6ª feira o Dr. Manuel Brás um poste que reflecte “sobre o bicho-de-sete-cabeças que é a economia para muitos nacionalistas”, o que ele não nega.
Concordo a bem dizer com tudo o que M.B. expõe e acrescento que as suas “achegas” representam mesmo valiosos esclarecimentos do assunto.
Esses seus esclarecimentos obrigam-me a fazer duas distinções.
Primeira distinção.
A economia de que eu falava não é o oposto da política, mas uma área da própria política.
Na origem, lembro, até se lhe chamava Economia Política...
Isto é, não estranho que os nacional-racistas (compreendeu-se, julgo, que era principalmente desses “nacionalistas” que eu falava) não falem de teoria económica, como não estranho que não falem de ciência médica, por exemplo. O que estranho é que não falem das suas opções políticas em economia, pois que as há e variadíssimas.
E daí, também, poder-se entender que não falam de economia porque não sabem, não querem, não podem ou não lhes é permitido falar de opções políticas da área económica.
Segunda distinção, portanto.
Aliás repetição ou sequência daquilo com que terminava o meu poste de 22 de Julho.
É capaz de ter de haver uma razão unicamente política para os políticos nacional-racistas não falarem de economia ... política, agora.
Digo agora, porque noutros tempos os antepassados espirituais/ideológicos desses “nacionalistas” chegaram a fazer tentativas de teorias económicas nacionalistas nos anos trinta. Teorias ou anti-teorias, por talvez se poder dizer que eram principalmente dominadas pela oposição às teses liberais da economia.
Como naturalmente o são os seus descendentes ideológicos do presente.
Só que, se estes confessassem, agora, que são pela economia dirigida de direcção central, estariam a confessar que são (não pode deixar de ser) pelo estado absolutamente centralizado e de poderes concentracionários.
Não querem, não podem confessá-lo já, porque isso, nos seus propósitos e planos, é para uma fase muito mais adiantada da evolução política. E porque desde o fim da Guerra Fria o domínio da economia liberal é absoluto, sendo absolutamente inútil ou politicamente inconveniente atacá-la.
Portanto, pensam eles, o melhor é nem falarem de economia, fazer de conta que a economia não existe, para não poderem ser classificados – também por isso – como defensores do Estado totalitário, aliás inerente ao totalitarismo étnico.
Ou estarei a presumir demais das capacidades lógicas deles?
A.C.R.
Concordo a bem dizer com tudo o que M.B. expõe e acrescento que as suas “achegas” representam mesmo valiosos esclarecimentos do assunto.
Esses seus esclarecimentos obrigam-me a fazer duas distinções.
Primeira distinção.
A economia de que eu falava não é o oposto da política, mas uma área da própria política.
Na origem, lembro, até se lhe chamava Economia Política...
Isto é, não estranho que os nacional-racistas (compreendeu-se, julgo, que era principalmente desses “nacionalistas” que eu falava) não falem de teoria económica, como não estranho que não falem de ciência médica, por exemplo. O que estranho é que não falem das suas opções políticas em economia, pois que as há e variadíssimas.
E daí, também, poder-se entender que não falam de economia porque não sabem, não querem, não podem ou não lhes é permitido falar de opções políticas da área económica.
Segunda distinção, portanto.
Aliás repetição ou sequência daquilo com que terminava o meu poste de 22 de Julho.
É capaz de ter de haver uma razão unicamente política para os políticos nacional-racistas não falarem de economia ... política, agora.
Digo agora, porque noutros tempos os antepassados espirituais/ideológicos desses “nacionalistas” chegaram a fazer tentativas de teorias económicas nacionalistas nos anos trinta. Teorias ou anti-teorias, por talvez se poder dizer que eram principalmente dominadas pela oposição às teses liberais da economia.
Como naturalmente o são os seus descendentes ideológicos do presente.
Só que, se estes confessassem, agora, que são pela economia dirigida de direcção central, estariam a confessar que são (não pode deixar de ser) pelo estado absolutamente centralizado e de poderes concentracionários.
Não querem, não podem confessá-lo já, porque isso, nos seus propósitos e planos, é para uma fase muito mais adiantada da evolução política. E porque desde o fim da Guerra Fria o domínio da economia liberal é absoluto, sendo absolutamente inútil ou politicamente inconveniente atacá-la.
Portanto, pensam eles, o melhor é nem falarem de economia, fazer de conta que a economia não existe, para não poderem ser classificados – também por isso – como defensores do Estado totalitário, aliás inerente ao totalitarismo étnico.
Ou estarei a presumir demais das capacidades lógicas deles?
A.C.R.
Etiquetas: Manuel Brás, racismo e racialismo