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2005/06/03

Um salazarismo democrático. (IV)
Do PREC, em Portugal, ao Solidariedade na Polónia 

(ver: I, II e III)

Recordar a entrevista de elementos do grupo fundador da UL com o ME da altura, Doutor Sottomayor Cardia, creio que na Primavera de 1977, uns meses antes de aquela abrir, trouxe-me também à memória outros aspectos e circunstâncias do País claramente pós-PREC, que já então éramos.

O grupo do Vector tinha começado a trabalhar no projecto do que viria a ser a UL, mais de ano e meio antes de esta abrir, por Novembro de 1977, em Lisboa.

Não vou repetir o que disse já, nesta série, da importância do nosso salazarismo como motor implícito daquela iniciativa na área do ensino superior universitário privado, que nos levaria à criação da UL.

Mas não queria deixar de sublinhar a importância da marca do salazarismo na formação persistente da capacidade de reacção do Povo português, em geral, contra tudo o que o PREC tentou forçar-nos a aceitar.

E isso seria, como todos sabem, a marxização do País, levada a cabo pelo PREC e simpatizantes, além dos muitos inocentes úteis.

Muitos se lembrarão do que foi o magnífico levantamento popular contra o PCP, na Primavera e Verão Quente de 1975, por todo o País, a Norte do Tejo sobretudo.

Também se lembrarão de, ainda em 1974, as missões do MFA mandadas para o Interior para “lavarem” dos cérebros as fixações anti-comunistas do Povo português terem sido praticamente corridas por toda a parte, a ponto de se terem rapidamente dispensado de sequer tentarem voltar.

Esse profundo sentimento anti-comunista, enraizado pela pregação da Igreja e pela doutrinação do salazarismo, ao longo de quarenta anos, é que foi o grande motor e terreno de cultura da reacção do País contra o PREC marxista.

Depois, quando compreenderam a realidade nacional, o PS e outros limitaram-se a seguir na onda.

Que já vinha em movimento, havia muitos anos.

Estou convencido de que não foi essa a última grande vitória do Povo português sobre o comunismo.

É preciso admitir, creio-o bem e já
aqui foi dito, embora de passagem, que o exemplo da nossa vitória – do Povo português, da Igreja e do que restava do salazarismo – sobre o comunismo, deve muito plausivelmente ter inspirado ou animado e encorajado a reacção dos católicos polacos, uns cinco anos depois, na sua aparentemente intempestiva reacção contra o regime do seu País, terminando na queda do Muro de Berlim e na destruição da URSS.

Por mim gosto de pensar que isso explica muito da devoção do Santo Padre João Paulo II a Nª Sª de Fátima e a sua grande amizade por Portugal.

O caso português ter-lhe-ia feito descobrir que o comunismo já não passava de um castelo de cartas, quando enfrentado por gente lúcida e corajosa.

ACR
(continua)

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