2005/06/02
Assim temos Europa
E agora?
Perguntarão alguns ainda não refeitos das refregas.
A hesitação, a desorientação e o mal-estar tornam-se iniludíveis entre as hostes eurocráticas de Bruxelas e Estrasburgo.
Mais uma vez a dissimulação é norma de vida dessa gente. Fazem de conta que o resultado dos referendos nada tem a ver com a “construção europeia”, que o chumbo é para os governos nacionais e para o mal-estar interno. Mas, o mal-estar interno, se existe, é por causa de quê, ó eurofilibusteiros?
Não é o Primeiro-Ministro francês que se devia ter demitido. Em face do duplo chumbo constitucional “europeu”, era o Sr. Barroso e os seus comissários que deviam ir passear. Ou será que a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu não têm nada a ver com a pretensa constituição?
Por cá, vozes autorizadas do Bloco de Esquerda exigem que as facções derrotadas se abstenham de repetir referendos até que, finalmente, dê sim. Sim, porque dessa matéria sabe o BE melhor que ninguém.
Qual é o problema?
Para a classe política poderá ser o caos. Umas centenas ou milhares podem ter o tacho, presente e futuro, em risco. É grave.
Quanto aos povos da Europa, nada têm a perder. Notaram alguma diferença de dia 28 de Maio para cá? O mais que lhes pode acontecer é arriscar-se a seguir livremente o seu caminho.
A Europa – a verdadeira, a de sempre – já existia muito antes da UE, que, afinal, não está unida.
O que foi rejeitado pela maioria dos franceses, holandeses e muitos outros europeus, foi uma aldrabice que consistia em redesenhar o que já existe. A Europa fica, assim, mais limpa. Pode mostrar o seu rosto.
Não acontece nada.
A Europa continua.
A das Pátrias e Nações.
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Perguntarão alguns ainda não refeitos das refregas.
A hesitação, a desorientação e o mal-estar tornam-se iniludíveis entre as hostes eurocráticas de Bruxelas e Estrasburgo.
Mais uma vez a dissimulação é norma de vida dessa gente. Fazem de conta que o resultado dos referendos nada tem a ver com a “construção europeia”, que o chumbo é para os governos nacionais e para o mal-estar interno. Mas, o mal-estar interno, se existe, é por causa de quê, ó eurofilibusteiros?
Não é o Primeiro-Ministro francês que se devia ter demitido. Em face do duplo chumbo constitucional “europeu”, era o Sr. Barroso e os seus comissários que deviam ir passear. Ou será que a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu não têm nada a ver com a pretensa constituição?
Por cá, vozes autorizadas do Bloco de Esquerda exigem que as facções derrotadas se abstenham de repetir referendos até que, finalmente, dê sim. Sim, porque dessa matéria sabe o BE melhor que ninguém.
Qual é o problema?
Para a classe política poderá ser o caos. Umas centenas ou milhares podem ter o tacho, presente e futuro, em risco. É grave.
Quanto aos povos da Europa, nada têm a perder. Notaram alguma diferença de dia 28 de Maio para cá? O mais que lhes pode acontecer é arriscar-se a seguir livremente o seu caminho.
A Europa – a verdadeira, a de sempre – já existia muito antes da UE, que, afinal, não está unida.
O que foi rejeitado pela maioria dos franceses, holandeses e muitos outros europeus, foi uma aldrabice que consistia em redesenhar o que já existe. A Europa fica, assim, mais limpa. Pode mostrar o seu rosto.
Não acontece nada.
A Europa continua.
A das Pátrias e Nações.
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
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