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2005/04/05

O combate político do Papa Woityla era de inspiração religiosa cristã e, por isso, de extrema largueza de vistas. 

“Depois da queda do comunismo, a teologia da libertação também caiu” – disse o Papa João Paulo II durante uma viagem à Guatemala, em 1996.

Isto ajuda-nos a compreender todo o alcance do seu combate ao regime comunista polaco, desencadeado a partir da sua 1ª visita à Polónia, em Junho de 1979, com um primeiro e muito decisivo passo representado pela criação do Solidariedade em 1980.

Para o Papa, o combate ao comunismo era político, pela liberdade e a dignidade humanas, portanto de fundo essencialmente religioso, e não poderia deixar de ter consequências também religiosas.

Porquê?

Porque, como muitos católicos sabíamos e afirmávamos, o chamado “progressismo” católico era um aliado objectivo do comunismo internacional, por este alimentado de meios materiais e teóricos, como era o caso do ramo desse “progressismo” chamado “Teologia da Libertação”, muito vigorosa em toda a América Latina até à queda do centro mundial de gravidade do comunismo, o império russo-soviético.

Na verdade, por toda a parte o “progressismo” latente continua hoje à procura de fontes de inspiração e de financiamento que substituam as fontes perdidas com a queda final do comunismo para lá da Cortina de Ferro, em 1991.

Nem os residuais regimes comunistas de Cuba e da Coreia do Norte estão à altura da tarefa; nem o regime comunista chinês parece que se tenha interessado, até agora, por servir-se do “progressismo” católico como cavalo de Tróia, seja para o que for.

Mas seguramente que a China acabará por interessar-se, quando isso convier à sua estratégia de domínio universal e se convencer de que a Igreja reforçou – particularmente com João Paulo II – o seu carácter de grande potência mundial, sem armas mas fonte principal dos valores que inspiram o ocidente e a sua resistência a qualquer domínio estranho.

A.C.R.

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