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2005/03/31

Humanismos 



O humanismo é uma coisa muito complicada. Dá para tudo. Se perguntassem a uma das figuras mais sinistras do séc. XX, como por exemplo Estaline, se era humanista, não seria difícil adivinhar a resposta. Seguramente, não admitiria que alguém fosse mais humanista do que ele: um humanismo com provas dadas, o marxista.

Porque será que a imprensa omite quanto pode o passado vermelho – sanguinário – de um regime, que inspirou certos partidos e certos políticos? Porque será que ninguém questiona esse passado, esses partidos e esses políticos, como se nunca tivessem existido? Nem sequer um filmezito oscarizado.

Mais: esse branqueamento da História, até deu tempo e oportunidade a que se reciclassem, transferissem o seu alvo do sócio-económico para o antropológico e mudassem de retórica.

A tal ponto que actualmente já não precisam de gulags: os seus campos de batalha passaram a ser o útero das mulheres e os doentes terminais. Para montar um cerco de morte ao mundo – que já não está dividido em dois blocos – não precisam de um exército vermelho. Basta-lhes uma máquina de propaganda que convença as pessoas a aderir à morte.

Porque será que eles, em alternativa ao aborto, nunca admitem que se criem estruturas e condições de apoio à maternidade, adopção, etc? Porque será que eles, em alternativa à eutanásia, nunca admitem os cuidados paliativos?

Aí temos nós, como se previa, o BE a comandar o PS. Como a cabeça comanda o corpo.

É por isso que não dá para acreditar nesse humanismo.

Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt

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