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2005/03/15

Vamos todos salvar a África!
Mas todos mesmo… 

Parece ser Tony Blair quem compreende melhor a importância deste propósito, entre os estadistas europeus.

Mas os EUA e todo o restante Ocidente terão também de acordar rapidamente para a concretização deste objectivo estratégico de 1ª ordem, fundamental para todos, incluindo em particular a Europa.

Sabe-se, porém que é um objectivo distorcido e mal compreendido por muitos responsáveis de governos ocidentais, quase tanto, por motivos diferentes embora, como pelos aderentes duns certos “nacionalismos” de carácter étnico-racista, gente quase sempre ancilosada em concepções geo-estratégicas e antropológicas completamente retrógradas.

Propósitos de Blair e da Comissão para África criada pelo governo Britânico:

Lançar uma espécie de “Plano Marshall” para os países Africanos, que venha a “salvar o continente da miséria e colocá-lo na via do desenvolvimento e do progresso. Duplicar a ajuda internacional - aumentando-a para 50 mil milhões de dólares por ano, até 2010; anular a dívida externa; ajudar a melhorar a governação e a pôr fim aos conflitos; e estabelecer regras de comércio mais justas, são alguns dos desafios expostos no relatório da Comissão lançado simultaneamente em Londres e Addis Abeba, sede da O.U.A..”

No ano em que assume a presidência da União Europeia e do G8 (Grupo dos 7 países mais industrializados e a Rússia), a Grã-Bretanha ambiciona colocar a África no topo da agenda mundial, há quem diga.

Precisará Blair de convencer muitos especialistas e responsáveis políticos africanos, que acham o plano muito ambicioso e de difícil realização; mas, sobretudo, os países do G8 e os países ricos da OMC – Organização Mundial do Comércio.

A começar pelos Estados Unidos da América e pela UE, que todos põem fortes objecções de ordem económica a algumas das propostas da Comissão de Tony Blair.

Admito que dentro de dez a vinte anos, se antes o Ocidente não tiver promovido um plano eficaz, será a China a promovê-lo, talvez sem pedir nem precisar da colaboração de ninguém.

Ou, em último caso, talvez em parceria com a Índia, ingrata ao seu próprio arianismo e dos arianistas da Europa inteira.

A.C.R.

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