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2004/06/23

POR ABRIL — EVOLUÇÃO, SEM RECUOS 

Portugal é, no conjunto da UE, uma incógnita menor. Não só pela pequena dimensão do País, mas sobretudo porque contamos com um governo perfeitamente lúcido a respeito das consequências duma derrapagem política do Poder para a esquerda.

Portugal tem as necessárias potencialidades empresariais para desempenharem o papel de animadoras do emprego e da recuperação económica.

O Estado tem é que levar ainda mais longe a destruição das peias que porventura continuem a embaraçar a iniciativa empresarial e o fortalecimento de grupos económicos muito sólidos.

Deve aproveitar bem, para isso, estes dois anos.

Despojar-se também de tudo o que lhe reste dos tempos das nacionalizações e do ainda mais antigo sistema de empresas públicas, semi-públicas e mistas.

O caminho iniciado na Saúde é o aconselhável e apresenta desde já um sucesso muito importante: tirante reacções individuais, está a fazer-se sem mobilizar a oposição da classe médica em bloco(s), parece até que pelo contrário.

Depois, nas outras reformas que têm de ser lançadas pelo Estado e por este levadas a cabo, há que atacar mais profundamente e mais rápido — sobretudo na Justiça e na Educação — não deixando, no caso desta, de privatizar sempre que possível e de gerir os estabelecimentos públicos como se privados fossem.

O que significa criar cada vez mais possibilidades de controlar rigorosamente a despesa pública, sem efeitos secundários, prosseguindo a política que vem sendo seguida de grande austeridade orçamental mas aprofundando o seu lado criativo, no sentido de ela acabar por favorecer a recuperação económica e o emprego, em vez do contrário, como sempre se alega.

Mas fica sempre a questão dos recursos naturais, em que há a tendência de fazer crer que somos muito pobres.

Esquecemos o mar, a floresta, os recursos turísticos, os recursos energéticos renováveis, áreas todas decisivas e mal ou insuficientemente exploradas.

Esquecemos também uma multidão de sucessos empresariais de pequenos grupos ou mesmo de indivíduos isolados, dos últimos cinquenta anos ou mais, que documentam muito convincentemente a criatividade e qualidades organizativas dos Portugueses.

Esquecemos ainda milhares de professores desempregados, que, considerados caso a caso, deveriam imediatamente ser colocados a reforçar a docência nas turmas pouco servidas; e a estudar e preparar a melhoria do ensino das disciplinas-catástrofes: matemática, física e química, português, por exemplo.

Porque é que os melhores não se organizam e propõem ao Estado objectivos fiáves?

Digo-o com a maior convicção: é indispensável que o Poder não trema, nem ceda.

As contrariedades são naturalmente incontáveis, porque o caminho aberto há dois anos já anunciava muitas e espectaculares dificuldades e muitas frentes a abrir na luta contra a inércia instalada.

É ainda pior, afinal, do que se podia esperar.

Mas é um caminho sem recuo. E tem de prosseguir sem hesitações — lembrem-se! — até 2010.

Encarna o verdadeiro espírito de Abril.

Abril - Evolução!

Aquela que todos queremos.

A.C.R.

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