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2004/06/22

Que Países da UE virão a ser ou não os motores da Economia europeia? 

Mas da Espanha socialista, que males poderão vir à União Europeia?

À Espanha deixou o anterior governo do Partido Popular uma situação social e económica muito estável e de grande pujança.

Zapatero já fez as "revoluções" que tinha a fazer, mal chegou ao Poder, para contentar o seu povo e não creio que ouse ou tenha interesse em mexer no fundo do sistema que deu tal prosperidade à Espanha.

Ele terá consciência, como ninguém, de que os verdadeiros poderes motores e estabilizadores do País não estão essencialmente nas mãos dos que o elegeram, mas nas verdadeiras forças da sociedade civil, principalmente entre os pelo menos 33% que nele não votaram e nas abstenções.

Será para ele mais que perigoso agredi-los, correndo riscos de acordar em Espanha umas tantas forças bem "más de assoar".

O seu último antecessor socialista, Filipe González, deixou-lhe, também nesse aspecto, um modelo perfeito de inteligência e pragmatismo profundos.

Daí, pois, não creio que venham à União Europeia grandes males ou ameaças, uma vez esclarecida e corrigida a fachada anti-atlantista que tão oportunistamente Zapatero quis explorar.

Da França, sim, pelas razões já desenvolvidas, devem esperar-se graves males.

A França pode tornar-se no cancro da União Europeia, porque não se vêem no seu interior forças que a redimam e recuperem para um papel saudavelmente motor.

A França, da extrema-esquerda à extrema-direita, está unida no mais profundo — diria que invencível — anti-atlantismo; e, quanto à sociedade e à economia, a direita e o centro-direita, donde devia esperar-se o reequilíbrio e reactivação das potencialidades francesas, o habilidoso, nada fiável e absolutamente incoerente chefe efectivo dessas correntes, tem perdido todo o capital que poderia ter sido precioso para a Europa, se não fosse quem é: o mais pernicioso dos líderes europeus actuais.

Quando deixar o Poder — já não falta talvez muito — Chirac vai deixá-lo cair nas mãos duma esquerda jacobina, jacobina como se a Revolução Francesa tivesse sido ontem, sem quaisquer expectativas de futuro, pior até, fechada ao futuro, salvo um milagre que venha a salvá-la da sua incapacidade, da sua esterilidade de facto, pela mão talvez de algum grande e clarividente líder contra a corrente, que há muitos anos não surge e absolutamente inesperado.

Por tudo isso, a França — mesmo com as eventuais incertezas da Itália e da Grã-Bretanha — é a pior incógnita do futuro da União Europeia.

A.C.R.

Nota - Alguém nos enviou por e-mail o artigo da Internet publicado no "Diário Digital", em 18 último, da autoria do Prof. universitário João Titta Maurício, que é uma interessante e desinibida interpretação numérica dos resultados das eleições.

A.C.R.

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