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2004/06/12

O PENSAMENTO NACIONALISTA NO SÉCULO XX (V) 

(continuação)

J. Pinharanda Gomes
O Nacionalismo não é um pecado. É um ponto de partida no real da vida. A Conferência Episcopal Portuguesa, no documento intitulado "Responsabilidade solidária pelo Bem Comum" (2003), a par dos sete pecados sociais, endereça aos fiéis e ao Povo, a tabuada dos "sete sinais de Esperança". O segundo sinal indica ser necessária a tomada de consciência da sociedade como comunidade cultural; o sexto sinal aconselha à busca da nova identidade portuguesa, aberta a outros valores e culturas.

Amar o outro como a mim mesmo. Amo o que sou, logo amarei o outro como se fosse eu. Auto estima, filáucia, amor da grei, consciência da Nação de que sou membro. Ser um próprio em diálogo com o outro. Numa Europa que procede à dissolução das Nações, no mundo há sinais de surgência de neo-nacionalismo, o das pequenas nações que querem conviver umas com as outras, mas recusam ser dissolvidas.

O modelo nacionalista português deu provas de que, no decurso das épocas e dos lugares, nunca se mostrou fechado, nem exclusivista, nem monolitista. Pelo contrário, foi de abertura ao mundo e às gentes, pluralista e, ainda mais, braço do Ecumenismo.

Importa que o neo-nacionalismo não devenha uma seita, mas se afirme como porta aberta. É neste suposto que, a nosso ver, o Nacionalismo vencerá se, em vez de se encerrar em si mesmo, formar gente que actue como fermento em todos os Partidos, sejam eles quais forem, até com direito de tendência. Ou seja: o Nacionalismo deve recusar ser Partido; deve educar para fermento suprapartidário.

-Fim-


J. Pinharanda Gomes

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