2004/06/27
A Armadilha. Diga Não, Senhor Primeiro Ministro!
Faço-o com o coração nas mãos mas tomado pela maior angústia.
Tenho medo – sim, medo – de Portugal estar tentado a ceder à mais insinuante das armadilhas: a armadilha do êxito, político e social.
Estou completamente convencido de que nos manda a coragem, como a lucidez, gritar
Não!
Gritar não ao cântico das sereias.
Gritar alto que “não vamos por aí”, seduzidos pelos que nos querem convenientemente simpáticos e colaborantes, mesmo de boa fé.
Eu sei que a nossa aceitação coroaria a “vitória dos pequeninos” da Europa, mas não consigo ver uma só vantagem sólida em dizer sim.
Creio não ser tarde para esclarecer tudo melhor, visto V. Ex.a não ter ainda a indispensável decisão formal dos Órgãos do seu Partido.
Deus queira que eu me enganasse, mas todas as imagináveis compensações não passam disso mesmo: imaginárias.
Cá dentro tudo seriam riscos novos ou acrescidos, de que os adversários estão à espera para o grande assalto; poríamos em causa todas as vantagens e vitórias de facto já conseguidas cá dentro, penso sem hesitações.
É preciso que os Órgãos do seu Partido digam claramente o que pensam.
E se for “Não!”, que convençam o Senhor Primeiro Ministro a transmiti-lo como o seu próprio, pessoal e decidido
Não!
Perante a minha consciência não posso pedir-lhe outra coisa, Senhor Primeiro Ministro: não ceda! Não abandone o País às habituais tentações auto-destruidoras!
António da Cruz Rodrigues
Presidente da Aliança Nacional
Tenho medo – sim, medo – de Portugal estar tentado a ceder à mais insinuante das armadilhas: a armadilha do êxito, político e social.
Estou completamente convencido de que nos manda a coragem, como a lucidez, gritar
Não!
Gritar não ao cântico das sereias.
Gritar alto que “não vamos por aí”, seduzidos pelos que nos querem convenientemente simpáticos e colaborantes, mesmo de boa fé.
Eu sei que a nossa aceitação coroaria a “vitória dos pequeninos” da Europa, mas não consigo ver uma só vantagem sólida em dizer sim.
Creio não ser tarde para esclarecer tudo melhor, visto V. Ex.a não ter ainda a indispensável decisão formal dos Órgãos do seu Partido.
Deus queira que eu me enganasse, mas todas as imagináveis compensações não passam disso mesmo: imaginárias.
Cá dentro tudo seriam riscos novos ou acrescidos, de que os adversários estão à espera para o grande assalto; poríamos em causa todas as vantagens e vitórias de facto já conseguidas cá dentro, penso sem hesitações.
É preciso que os Órgãos do seu Partido digam claramente o que pensam.
E se for “Não!”, que convençam o Senhor Primeiro Ministro a transmiti-lo como o seu próprio, pessoal e decidido
Não!
Perante a minha consciência não posso pedir-lhe outra coisa, Senhor Primeiro Ministro: não ceda! Não abandone o País às habituais tentações auto-destruidoras!
António da Cruz Rodrigues
Presidente da Aliança Nacional