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2004/04/26

Ao Nova Frente e ao seu anónimo Autor 

O NF segue cada vez melhor os velhos modelos e práticas dos nacionalistas caceteiros.

Bordoada a torto e a direito, sem se preocupar se acerta ou não acerta, o que importa é o foguinho de vista.

1. A Aliança Nacional tem personalidade jurídica, pode ser posta em juízo e o ACR (António da Cruz Rodrigues) também.

Se é a responsabilidade jurídica e judicial do NF que preocupa o seu Autor, esteja descansado. O que espanta é a vossa incapacidade pessoal para demonstrar e assumir plenamente as responsabilidades intelectuais, morais e culturais, com frontalidade.

Para apreciar isso, é em geral bastante o juízo dos leitores, não precisamos de Tribunais.

Ou acham no NF que a blogosfera não passa do refúgio privilegiado de alguns irresponsáveis de carácter e de alguns profissionais da desonestidade intelectual?

Então acompanhem o nosso esforço de a limpar desses alguns.

2. O NF "acusa-me" de "patega" e "serôdia" manipulação do texto do Poeta Goulart Nogueira, sem conseguir dizer minimamente porquê.

Eu disse exactamente porque é que o A. do NF, manipulando aquele texto, prestou um mau serviço a G. N.

Explico outra vez.

É manipulação usar um texto em apoio de uma tese que lá não está, como demostrei.

Aliás, se lá estivesse, o A. do NF seria dos anatematizados, pois, como igualmente esclareci, o A do NF mudou apesar de tudo bastante, em relação ao GN de há uns 40 anos.

É ou não essa a antiguidade do texto?

E o título verdadeiro dele?

A manipulação do NF vai continuar?

Como o péssimo serviço prestado a GN?

Como o profundo menosprezo pela inteligência, "ideias e cultura" dos leitores?

3. Eu não escrevi que considero ou desconsidero o GN dos livros, que cita agora, como ensaísta. Disse, sim, que os poucos textos que conheço não me permitem pôr o "ensaísta" (de meros voluntarismos políticos) à altura do Poeta. Por isso o tratei de Poeta GN, pensando homenageá-lo.

Mas o A. do NF continua com as suas manipulações dos factos, e volta a insistir na sua própria "autoridade" para nos "esclarecer".

Então porque nos nega o gosto de sabermos o seu nome, para avaliarmos dessa "autoridade"? E ainda:

Porque é que não transcreve, no seu blogue, alguns textos político-ensaísticos realmente convincentes da criatividade e actualidade doutrinária de GN, capazes de abrir o apetite para a obra?

Terei o maior gosto em dar a mão à palmatória, se for caso disso.

4. Repito que o A. do NF não percebeu o verdadeiro plano (impessoal, insisto) em que pus a nossa conversa inter-blogues.

E repito-o, porque a citação que faz do meu próprio texto em que digo isso, para se abonar, é mais uma prova de não ter compreendido.

Como pode perceber, se ler melhor todo o meu texto primeiro, o que estava em causa era definir diferenças do novo nacionalismo para os nacionalismos de há 40 anos (e seus prolongamentos na actualidade).

5. "O novo nacionalismo é ele (ACR) e mais ninguém" — diz com ingénua simplicidade o A. do NF. Mesmo que fosse verdade — e a afirmação é mais um insulto aos outros militantes — é bom que se saiba que a questão não está aí. O significativo é o pioneirismo de uns tantos, incluindo o signatário, no sentido de varrermos as teias de aranha e o bafio representados por correntes "nacionalistas" completamente fora de tempo, incapazes de desenvolver um nacionalismo de futuro, com vigor para sair dos "ghetos" que elas próprias criaram e que teimam em cultivar, afunilando cada vez mais os apoios aos "seus" nacionalismos.

Claro que o pioneirismo é difícil.

Mas dá sempre frutos, como sabem todos os verdadeiros pioneiros.

Esta mesma conversa de blogues está já a ser uma prova e uma ocasião disso.

António da Cruz Rodrigues (A.C.R.)

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