2004/04/20
"O Novo Nacionalismo" no Nova Frente, em 12 último
O Autor do poste pretende que, ao tratar Goulart Nogueira de Poeta Goulart Nogueira, a propósito de um seu texto em prosa que o NF transcrevera dias antes, eu diminuí acintosamente GN, o qual segundo o NF é sobretudo um "ensaísta e doutrinador de fôlego".
Conheço apenas mais dois textos em prosa de GN e, como deste, penso não poderem considerar-se ensaios doutrinários ou políticos (talvez ensaios de voluntarismo político), pelo que não tive dúvidas em que estaria mais à medida da sua estatura intelectual e cultural chamar-lhe Poeta, como grande Poeta que é muito mais geralmente reconhecido. Opção minha mas insusceptível de malévolos juízos de intenção.
O Poeta Goulart Nogueira devia merecer do NF outro respeito.
Bem como os leitores que não deixarão de pensar que o NF está apenas a servir-se dele como arma de arremesso, à maneira dos velhos e desacreditados "argumentos de autoridade"; além de que tiros desses saem sempre pela culatra.
Processos de intenção como este (ou outros) não deveriam valer.
Ou para o NF vale tudo?
Por estranho que pareça ao NF, não identifico o seu A. com quem quer que seja, pelo que para mim continua Anónimo, pois que em parte alguma do seu blogue se lhe encontrou o nome.
Se é verdade — assim o professo e pratico — que não andamos aqui senão para discutir ideias e valores do(s) nacionalismo(s), ninguém entre nós deve desferir pedradas contra outrem, a coberto de anonimato.
Eu dou a cara, sempre.
Estranho, por isso, que o NF me faça anonimamente insinuações, processos de intenções, outros ataques pessoais, que aliás inteiramente repudio, por tendenciosos de fio a pavio.
Misturar alhos com bugalhos é um velho estratagema do confucionismo sem outros argumentos.
É de admirar, ainda para mais num blogue que se subintitula de "Um Blogue de Ideias e Cultura".
Não basta proclamar-se um blogue de "Ideias e Cultura" e imolar-se, como diz, a viver "ensimesmado em velhos conceitos de honra e honestidade".
Ensimesmado?...
Tão ensimesmado, que anónimo?...
Tudo estranho.
Mas mais estranho ainda me parece pretender o NF defender-se de acusações ou insinuações que não lhe fiz.
Por exemplo, a propósito da minha pergunta sobre a ideia da homogeneidade étnica no nacionalismo, e não sobre as ideias pessoais do NF e seu A. a esse respeito, que não interessam para o caso.
Não deve ter discernido bem o verdadeiro plano em que pus a conversa.
O mesmo para todos as outras perguntas, aliás.
Não lhe perguntei, ainda outro exemplo, quais as ideias a respeito do sufrágio universal professadas pelos partidos nacionalistas dessa Europa fora — em nome dos quais parece responder-me o NF — porque isso é melhor conhecido através dos jornais.
Escusava, portanto, de maçar-se a desviar por aí a resposta à questão.
Como também escusava, se não queria responder-me, de denunciar a sua própria ideia a respeito do sufrágio universal: "venham de lá os papelinhos", diz muito significativamente o A. do NF.
De facto não são as suas ideias que eu queria conhecer, embora verifique com prazer — a avaliar por algumas posições pessoais que confessa — que as ideias do Responsável do NF se vão ou foram aproximando das do novo nacionalismo.
Ainda há não muitos anos as ideias do nacionalismo encartado, em Portugal, iam como já disse, para um "sim!" a todas as minhas perguntas: isto é, pela homogeneização étnica; pelo partido único; contra o sufrágio universal, que consideravam inconciliável com o nacionalismo; aliás como muitos nacionalistas o consideravam também, em matéria de regime, só compatível com a monarquia.
Não censuro os nacionalistas por mudarem inteligentemente, antes pelo contrário, com tanto que há de circunstancial no que muitos nacionalistas têm defendido como sagrado.
Porque nesse ponto é que estava toda a questão, e a única, do meu comentário ao texto de Goulart Nogueira, texto que o NF considera "intemporal", tal e qual.
Por isso também é que eu queria saber a data do texto.
Se escrito há cerca de quarenta anos, como admiti e NF não desmente, garanto-lhe — e, sabe-o tão bem ou melhor, talvez, que eu — que o GN desse tempo não estaria de acordo com as "mudanças" a que o NF agora diz ter chegado.
Como vê, não há texto político intemporal.
Mas quem o não sabe?
Conclusões a que se queria chegar:
O texto do Poeta Goulart Nogueira anatematiza todos os nacionalistas que, à altura da publicação, tinham mudado a seus olhos.
E se GN fosse Miguelista à data dessa publicação?...
Não nos dizendo quais foram essas mudanças que o A. recusava, tornou-se um texto sem significado útil, que não valia a pena ser ressuscitado, porque dá uma ideia de imobilismo e fixismo ideológico que, pelos vistos, nem os mais "velhos" dos nacionalistas já hoje praticam, como o próprio NF informa.
E foi um mau serviço prestado ao Autor do texto, por este ter sido apresentado como se actual, fora do seu contexto temporal, sem a data que revelaria o logro.
Foi uma manipulação ou não foi?
A.C.R.
Conheço apenas mais dois textos em prosa de GN e, como deste, penso não poderem considerar-se ensaios doutrinários ou políticos (talvez ensaios de voluntarismo político), pelo que não tive dúvidas em que estaria mais à medida da sua estatura intelectual e cultural chamar-lhe Poeta, como grande Poeta que é muito mais geralmente reconhecido. Opção minha mas insusceptível de malévolos juízos de intenção.
O Poeta Goulart Nogueira devia merecer do NF outro respeito.
Bem como os leitores que não deixarão de pensar que o NF está apenas a servir-se dele como arma de arremesso, à maneira dos velhos e desacreditados "argumentos de autoridade"; além de que tiros desses saem sempre pela culatra.
Processos de intenção como este (ou outros) não deveriam valer.
Ou para o NF vale tudo?
Por estranho que pareça ao NF, não identifico o seu A. com quem quer que seja, pelo que para mim continua Anónimo, pois que em parte alguma do seu blogue se lhe encontrou o nome.
Se é verdade — assim o professo e pratico — que não andamos aqui senão para discutir ideias e valores do(s) nacionalismo(s), ninguém entre nós deve desferir pedradas contra outrem, a coberto de anonimato.
Eu dou a cara, sempre.
Estranho, por isso, que o NF me faça anonimamente insinuações, processos de intenções, outros ataques pessoais, que aliás inteiramente repudio, por tendenciosos de fio a pavio.
Misturar alhos com bugalhos é um velho estratagema do confucionismo sem outros argumentos.
É de admirar, ainda para mais num blogue que se subintitula de "Um Blogue de Ideias e Cultura".
Não basta proclamar-se um blogue de "Ideias e Cultura" e imolar-se, como diz, a viver "ensimesmado em velhos conceitos de honra e honestidade".
Ensimesmado?...
Tão ensimesmado, que anónimo?...
Tudo estranho.
Mas mais estranho ainda me parece pretender o NF defender-se de acusações ou insinuações que não lhe fiz.
Por exemplo, a propósito da minha pergunta sobre a ideia da homogeneidade étnica no nacionalismo, e não sobre as ideias pessoais do NF e seu A. a esse respeito, que não interessam para o caso.
Não deve ter discernido bem o verdadeiro plano em que pus a conversa.
O mesmo para todos as outras perguntas, aliás.
Não lhe perguntei, ainda outro exemplo, quais as ideias a respeito do sufrágio universal professadas pelos partidos nacionalistas dessa Europa fora — em nome dos quais parece responder-me o NF — porque isso é melhor conhecido através dos jornais.
Escusava, portanto, de maçar-se a desviar por aí a resposta à questão.
Como também escusava, se não queria responder-me, de denunciar a sua própria ideia a respeito do sufrágio universal: "venham de lá os papelinhos", diz muito significativamente o A. do NF.
De facto não são as suas ideias que eu queria conhecer, embora verifique com prazer — a avaliar por algumas posições pessoais que confessa — que as ideias do Responsável do NF se vão ou foram aproximando das do novo nacionalismo.
Ainda há não muitos anos as ideias do nacionalismo encartado, em Portugal, iam como já disse, para um "sim!" a todas as minhas perguntas: isto é, pela homogeneização étnica; pelo partido único; contra o sufrágio universal, que consideravam inconciliável com o nacionalismo; aliás como muitos nacionalistas o consideravam também, em matéria de regime, só compatível com a monarquia.
Não censuro os nacionalistas por mudarem inteligentemente, antes pelo contrário, com tanto que há de circunstancial no que muitos nacionalistas têm defendido como sagrado.
Porque nesse ponto é que estava toda a questão, e a única, do meu comentário ao texto de Goulart Nogueira, texto que o NF considera "intemporal", tal e qual.
Por isso também é que eu queria saber a data do texto.
Se escrito há cerca de quarenta anos, como admiti e NF não desmente, garanto-lhe — e, sabe-o tão bem ou melhor, talvez, que eu — que o GN desse tempo não estaria de acordo com as "mudanças" a que o NF agora diz ter chegado.
Como vê, não há texto político intemporal.
Mas quem o não sabe?
Conclusões a que se queria chegar:
O texto do Poeta Goulart Nogueira anatematiza todos os nacionalistas que, à altura da publicação, tinham mudado a seus olhos.
E se GN fosse Miguelista à data dessa publicação?...
Não nos dizendo quais foram essas mudanças que o A. recusava, tornou-se um texto sem significado útil, que não valia a pena ser ressuscitado, porque dá uma ideia de imobilismo e fixismo ideológico que, pelos vistos, nem os mais "velhos" dos nacionalistas já hoje praticam, como o próprio NF informa.
E foi um mau serviço prestado ao Autor do texto, por este ter sido apresentado como se actual, fora do seu contexto temporal, sem a data que revelaria o logro.
Foi uma manipulação ou não foi?
A.C.R.