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2004/03/02

TESTES PARA O NOVO NACIONALISMO. “Arte de governar” — reincidência deste blogue. 

Grandes novidades? Velharias pintadas de fresco?
Ideologia ou bom senso e inteligência reorganizadora?


Apresentei aqui, há meses, uma pequena série de postes sobre “Arte de Governar” (, , , , , , , e ).

Não dei por sinais de terem então provocado grande interesse.

Mas é disso, ainda, que agora quero tratar, até porque alguns silêncios fazem-me desconfiar.

De facto, embora o tempo passasse e certas coisas tenham esquecido, o tema creio impor-se hoje ainda mais e com mais naturalidade que nessa altura.

Ou, com mais clareza: surgiram e acentuaram-se realidades novas que terão tornado menos obscuro para onde vamos em Portugal, nessa matéria de arte de governar.

Têm alguns, bastantes, acusado o Governo de não possuir uma política coerente, nem de dar verdadeiros e claros sinais do que quer para Portugal, reduzindo-se a fazer cortes orçamentais sem saber para quê, sem uma ideia/projecto do País que "pretende".

E esses “vesgos” da Política não estão só entre as oposições... — dizem os que não concordam com as acusações.

De facto, o Governo tem revelado, desde a posse — a olhares atentos, serenos, reflectidos — sinais muito claros duma orientação bem determinada e definida nas suas reformas, como não se via há uns vinte anos, quase.

Oportunas? Inoportunas?

Boas? Ou más?... Exequíveis? Ou inexequíveis?

Mas é também caso de se acrescentar outras perguntas, para se poder responder às que acabo de formular:

Que orientação, orientações, estão verdadeiramente em questão?

São as reformas, de puro voluntarismo, sem possibilidades de enraizamento profundo?

Há condições no País para se imporem, levá-las a cabo, sem sofrimentos desproporcionados, desajustes excessivos, com relação custos/proveitos compensadora?

É ou será possível esclarecer as oposições, internas e externas, nacionais e estrangeiras, circunstanciais e estruturais, sobre os benefícios das orientações e reformas, para que ao menos as oposições cessem de combatê-las, por paralisia e incapacidade de lhes oporem outras melhores ou mais actuais?

Ou elas, as novas orientações e reformas, excedem de tal modo as capacidades anquilosadas de compreensão das oposições resistentes e renitentes, que estas nunca cessarão de combatê-las e sabotá-las, matando-as, inutilizando-as?

E o País, tem já condições para aderir?

E há ainda tempo para as reformas, vai-se ainda a tempo de atingir os objectivos?

E há recursos minimamente estimulantes para as reformas?

Pode-se até certo ponto prosseguir uma verdadeira revolução, como o Governo parece querer, levando-a a cabo “silenciosamente”, sem sobressaltos destrutivos ou esterilizantes, de modo que o País “velho”, gasto, ressabiado, complexado, fechado, deprimido, que dizem termos aí ou nos legaram, acorde de um dia para outro feito um País novo, satisfeito consigo próprio, recuperado nas suas energias e determinação, criatividade e fé?

Vamos a ver se o Governo não se meteu a uma tarefa impossível, completamente desproporcionada às suas forças e às nossas.

A arte essencial talvez esteja em saber mobilizar a alma do País.

A.C.R.

(continua num próximo post)

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