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2004/02/26

Para onde caminhamos em Portugal, em termos de população? 

Constatações relativas a 2002 e previsões para 2050 do último relatório do Conselho da Europa, sobre demografia, nos jornais já esta semana.

Quanto a Portugal, tendências confirmadas, sem nada de muito surpreendente — tudo continua inquietante, claro! Tendências que se resumem assim:

I. Em 2050 poderemos ser, em Portugal, menos um milhão que em 31 de Dezembro 2002, isto é, cerca de 9 milhões e 300 mil.

II. O decréscimo populacional dar-se-à a partir de 2010.

III. Em 2050 a população estará ainda muito mais envelhecida que no fim do 2002: teremos então, por cada 100 jovens, com menos de 15 anos, 243 idosos, com mais de 65 anos, ou seja, por cada jovem, quase 2,5 idosos.

IV. Este envelhecimento da população resulta de nascimentos em número cada vez mais reduzido e do aumento da longevidade geral, em consequência da melhoria dos cuidados de saúde.

V. A tendência para o envelhecimento e redução da população tem sido algo atenuada pelo factor imigração. Em 2002 a percentagem de imigrantes (legalizados) era já de 2,2% da população (238.746 residentes), 47,8% dos quais de origem africana e 30,2% de europeus.

VI. A melhoria dos cuidados de saúde fará que os portugueses vivam em 2050 mais 5 anos em média, passando a esperança de vida de 73,7 anos (homens) e 80,6 (mulheres), em 2002, para 79 anos e 84,7 anos, respectivamente, em 2050.

VII. Outro factor, além do crescimento da esperança de vida e da imigração, que tem contribuído para, até agora, evitar a quebra populacional, é a altíssima diminuição da mortalidade infantil que em 2002 desceu para 5 mortos por cada 1000 nados-vivos e que se prevê venha a ser, em 2050, de apenas 3 mortos por cada 1000 nados-vivos.

VIII. Nada disso, porém, evitará, por fim, a diminuição da população, dada a quebra muito acentuada, nos últimos anos, do número de filhos por mulher (taxa de fertilidade) que foi em 2002 de 1,5 filhos, quando seriam necessários 2,1 filhos por mulher, para assegurar a renovação de cada geração.

IX. O estudo do Conselho da Europa prevê que, em 2050, essa taxa terá aumentado para 1,7 o que continua a ser ainda insuficiente para o efeito citado, não evitando, portanto, que a população portuguesa seja então inferior em cerca de 1 milhão ao que era em 31 de Dezembro de 2002, repito.

QUE CONCLUIR?

A.C.R.

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