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2004/03/01

Áreas Administrativas municipais. Casos da Beira Interior. A Beira Interior deixa de ter sentido? Esta nova “regionalização” vista de Seia. 

  • Para informação e reflexão dos interessados reproduz-se a seguir um artigo do Dr. Alcides Henriques no "Porta da Estrela" (20.2.2004) de que é Director, através do qual podem sentir-se e pressentir-se as hesitações e tensões locais a que o processo de adesão dos concelhos a Áreas que julgam mais lhes convir está a dar lugar.

    Se vier a ser como o artigo anuncia, o Distrito da Guarda fica fortemente diminuído, a proveito do Distrito de Viseu.

    A noção de Beira Interior fica também muito amputada, se a considerarmos actualmente já limitada aos Distritos da Guarda e de Castelo Branco.

    São constatações de facto e não juízos de valor.

    Até posso pensar também que os concelhos de Seia e de Gouveia, por exemplo, ficarão melhor com Viseu que na Guarda.

    Talvez o mais estranho de tudo neste processo não sejam, porém, as conclusões, mas o caminho para se chegar a elas, caminho em que os Municípios pouco ou nada parecem fazer para auscultar em directo os munícipes.

    A.C.R.


    Viseu pode não ser uma óptima solução,
    mas a Guarda ou Castelo Branco serão bem piores.


    Por Alcides Henriques

    Os últimos dias têm sido de grande movimentação dos Senhores da vida política.

    A Guarda tem procurado inverter a situação das áreas administrativas, tentando desviar o concelho de Seia do “compromisso” da integração na área administrativa de Viseu.

    Seia, segundo as notícias vinda a público no Diário XXI da Covilhã e Jornal Público, esteve no decurso da semana passada, numa reunião na qual se terá comprometido com a Grande Área Metropolitana daquela cidade.

    Cremos que a opção tomada, se foi tomada, está correcta, embora devesse ser dada a conhecer, não obstante as pressões da Guarda e até da Covilhã.

    Agora que a situação está definida, embora ainda não oficialmente tomada, cremos ser difícil, não impossível, um volte face de última hora, poderemos adiantar que, é através da grande área Metropolitana de Viseu que, como interior, encostados e porta de entrada da Serra, nos posicionamos como segundo centro urbano mais importante a seguir a Viseu. Daí podermos vir a ter uma posição de relevo e beneficiar da situação geográfica e invocar o peso económico e social que temos e nunca a Covilhã ou a Guarda nos reconheceram.

    Fernando Ruas* já foi dizendo que a prioridade das prioridades desta Área caso Seia adira à Área, é a das acessibilidades, e isso passa por uma via dupla entre Seia e Nelas com ligações à IP3 e IP5.

    Este desiderato, esperamos que seja conseguido, é um passo importante na consecução dos interesses e dos objectivos que se nos apresentam.

    Viseu que vai perder Lamego, contrapõe Seia, que considera um centro privilegiado no contexto da G.A.M. e poderá desempenhar, nos órgãos de decisão, grande influência. Ao contrário do que tem acontecido com a Guarda que ostensivamente nos tem esquecido ou com a Covilhã ou Castelo Branco, que parecem muito “autoritárias” e Senhoras do seu lugar de predominância.

    Guarda e Castelo Branco não se entendem. Nunca seria por esta forma de agir, que nos poderíamos sentir realizados, nem bem enquadrados.

    À G.A.M. de Viseu, ainda de acordo com os meios de comunicação referidos, poderá vir a aderir Tábua (deixando Oliveira do Hospital isolada) e Celorico da Beira a par de Gouveia, que já tomou uma decisão a nível de Câmara, e Fornos de Algodres e Aguiar da Beira.

    Seia que teve apenas uma sessão pública, nela pontificaram os políticos e seus ideais e onde estava quase ausente a Sociedade Civil Senense, que deveria ter debatido com profundidade a questão, tratada nas suas diversas vertentes e não apenas pelos considerandos. Não podemos entregar aos políticos o poder exclusivo de decidir aquilo que é da responsabilidade colectiva. Por isso Guarda e Castelo Branco, andam a medir forças quanto à cidade que deve ser a capital, e os interesses comuns que os deviam preocupar, não lhes merecem igual preocupação. Assim, o País tem de sofrer as consequências dos erros.

    * Presidente da Câmara Municipal de Viseu

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