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2004/02/04

Um Balanço do Nacionalismo Português Actual (II) 

Que já vem de longe e quer renovar-se.
Alguns o revivem, por isso, na multiplicidade das memórias que foi deixando.

(continuação do post de 2004/02/04)

Segunda conclusão ou constatação do nosso balanço; a riqueza memorialística da blogosfera, mesmo em muito que directamente nos diz respeito.

Falemos, então dessas memórias.

Não suporíamos, quando há sete meses iniciámos o blogue da Aliança Nacional, que diversos passatempos do nosso percurso de quase quarenta anos de militância como cidadãos, viríamos a encontrá-los simpaticamente recuperados por gente de outras gerações, na blogosfera deste país. Com fama de habitualmente desmemoriado ou de selectivamente esquecido.

Memórias serão apenas memórias, “causas que nada movem”, para os que se esfalfam a depreciar as memórias dos outros; mas tornam-se elas preciosas quando demonstram a coerência dum percurso e a firmeza dum compromisso sempre renovado.

Nesses casos, a memória torna-se estruturante; e felizes são os que podem praticá-la frontalmente e sem preconceitos.

Um grupo com História, um grupo que tenha uma História de quarenta anos — anos coincidentes com os últimos quarenta anos de Portugal e do Mundo, anos cheios de riquezas, de deslumbramentos, de conquistas e perdas, de ansiedades, de iniciativas e revelações, de terrores, de glórias e misérias, de esperanças e mesmo de desesperos, de ruínas e reconstruções — um grupo como esse, cujas primeiras reuniões já formais tiveram lugar, em 1966, numa sala anexa à Igreja da Penha de França, em Lisboa, e que, sempre evoluindo, naturalmente, na sua composição, nunca mais desistiu de intervir, intervir, intervir; um grupo assim não resiste ao orgulho de ver-se reflectido no espelho que são as memórias dos outros a seu respeito.

Porque o grupo possuía, nos seus elementos, convicções vigorosas e um potencial realizador, de sonho e ideal, de visionária temeridade também?

O futuro, entretanto decorrido, parece ter demonstrado que havia, de facto, em tais elementos, doses razoáveis de tudo isso.

Para que os que me lêem possam confirmar, recordarei aqui algumas iniciativas e intervenções do grupo, só as que, do meu conhecimento, já foram referidas estes meses, noutros lugares da blogosfera portuguesa.

Começo por uma excepção à regra, isto é, por um post publicado aqui mesmo pelo Miguel Jardim, num inventário que ele fez das organizações europeias de inspiração católica no pós-guerra, onde para Portugal ele fala do Círculo de Estudos Sociais Vector e da “Resistência”.

É que o CESV e a revista “Resistência” são na verdade o ponto de partida visível de tudo, na já longa vida e percurso do “grupo”.

A.C.R.

(continua num próximo post)

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