2003/08/11
LUSOFONIA: QUE PAPEL NA NOVA ORDEM MUNDIAL? — A ÁFRICA EM QUESTÃO E A ALIANÇA ATLÂNTICA
Décima sétima tese - Falamos de lusofonia em geral, mas particularmente do Brasil, de Cabo Verde, de São Tomé, de Angola e de Portugal, o mundo lusófono atlântico, convencidos porém de que, se alguma coisa resultar no Atlântico, acabará por influenciar e possivelmente atrair as parcelas lusófonas restantes: Moçambique e Timor, até porque foi a partir do Atlântico que também a nossa influência e o nosso poder se exerceram aí.
Só por si, os recursos de Portugal e dos Portugueses serão seguramente insuficientes para fazer desse conjunto da lusofonia algo de muito importante e atractivo para a aliança atlântica, o centro e motor da nova ordem mundial para o séc. XXI.
Mas será impossível convencer a UE de quanto é indispensável fazer para salvar a África do tristíssimo destino que hoje parece ser inevitavelmente o dela — essa África da sida galopante; essa África da corrupção profunda de toda a sua classe política e estratos sociais mais activos; essa África dos imensos recursos a saque; essa África da destruição acelerada do ambiente?...
O destino de África afecta-nos gravemente a todos.
Talvez, para essa missão de socorro à África, Portugal, a UE e a aliança atlântica pudessem contar com o apoio empenhado da Igreja — que vê em África muito do seu futuro — uma Igreja que por aí redescobrisse sem tergiversações motivos para uma renovada identificação com o Ocidente, este também por sua vez profundamente renovado para o séc. XXI.
O Vaticano sabe, historicamente, que nunca Portugal quis “roubar” a África à Igreja, muito pelo contrário, nem sequer no tempo da República jacobina.
Nós, os novos nacionalistas, por nosso lado, reconhecemos com simplicidade que, nestes tempos, só o Cristianismo parece dar ainda à África uma expectativa - esperança de futuro; e, quanto ao Ocidente, que ela está decisivamente na rua origem e desenvolvimento.
É por tudo isso claro, para nós, nacionalistas, que Portugal terá de empenhar-se na salvação da África — que queira ser salva — em particular dos nossos antigos Territórios, e tudo fazer para que a aliança atlântica e a UE nisso se empenhem também, na medida dos seus imensos recursos.
Não vemos que missão nacional de grande fôlego, mais importante que esta, possa e deva mobilizar Portugal no alvor deste século.
Mas... e o Brasil, esse muito provável futuro colosso e pilar de poder máximo da lusofonia?
Em primeiro lugar, será de presumir que também o Brasil tenha vocação e todo o interesse em empenhar-se igualmente na salvação da África dos terríveis espectros que a ameaçam.
Por vocação e pelos seus interesses, actuais, futuros e históricos, diríamos que o Brasil vai ser obrigado a empenhar-se em África.
Só terá que acertar o seu calendário com os parceiros do hemisfério Norte: a aliança atlântica, os EUA, a UE, Portugal.
Mas há mais.
O sentido das realidades e a inteligência de estratega do Presidente Lula da Silva parecem garantia de que o seu governo não vai ser factor de provocação e desunião do Ocidente.
Queremos crer que nada fará para a subversão do Ocidente, nem para minar os fundamentos culturais e ideológicos essenciais do mesmo Ocidente e seus interesses.
Pensamos que estará completamente errado quem queira ver nele um futuro super-Fidel, pronto a encabeçar a Revolução mundial contra o Ocidente e a aliança atlântica.
Se, em vez disso, a influência positiva do Brasil se juntar a toda a lusofonia, o "peso” de Portugal far-se-à sentir na nova ordem mundial inspirada e comandada pelo atlantismo e poderá mesmo admitir-se que a lusofonia, organizada, venha a ter nessa nova ordem um peso muito apreciável, determinante mesmo.
Haverá programa mais aliciante para o nosso nacionalismo e os novos nacionalistas?
Só por si, os recursos de Portugal e dos Portugueses serão seguramente insuficientes para fazer desse conjunto da lusofonia algo de muito importante e atractivo para a aliança atlântica, o centro e motor da nova ordem mundial para o séc. XXI.
Mas será impossível convencer a UE de quanto é indispensável fazer para salvar a África do tristíssimo destino que hoje parece ser inevitavelmente o dela — essa África da sida galopante; essa África da corrupção profunda de toda a sua classe política e estratos sociais mais activos; essa África dos imensos recursos a saque; essa África da destruição acelerada do ambiente?...
O destino de África afecta-nos gravemente a todos.
Talvez, para essa missão de socorro à África, Portugal, a UE e a aliança atlântica pudessem contar com o apoio empenhado da Igreja — que vê em África muito do seu futuro — uma Igreja que por aí redescobrisse sem tergiversações motivos para uma renovada identificação com o Ocidente, este também por sua vez profundamente renovado para o séc. XXI.
O Vaticano sabe, historicamente, que nunca Portugal quis “roubar” a África à Igreja, muito pelo contrário, nem sequer no tempo da República jacobina.
Nós, os novos nacionalistas, por nosso lado, reconhecemos com simplicidade que, nestes tempos, só o Cristianismo parece dar ainda à África uma expectativa - esperança de futuro; e, quanto ao Ocidente, que ela está decisivamente na rua origem e desenvolvimento.
É por tudo isso claro, para nós, nacionalistas, que Portugal terá de empenhar-se na salvação da África — que queira ser salva — em particular dos nossos antigos Territórios, e tudo fazer para que a aliança atlântica e a UE nisso se empenhem também, na medida dos seus imensos recursos.
Não vemos que missão nacional de grande fôlego, mais importante que esta, possa e deva mobilizar Portugal no alvor deste século.
Mas... e o Brasil, esse muito provável futuro colosso e pilar de poder máximo da lusofonia?
Em primeiro lugar, será de presumir que também o Brasil tenha vocação e todo o interesse em empenhar-se igualmente na salvação da África dos terríveis espectros que a ameaçam.
Por vocação e pelos seus interesses, actuais, futuros e históricos, diríamos que o Brasil vai ser obrigado a empenhar-se em África.
Só terá que acertar o seu calendário com os parceiros do hemisfério Norte: a aliança atlântica, os EUA, a UE, Portugal.
Mas há mais.
O sentido das realidades e a inteligência de estratega do Presidente Lula da Silva parecem garantia de que o seu governo não vai ser factor de provocação e desunião do Ocidente.
Queremos crer que nada fará para a subversão do Ocidente, nem para minar os fundamentos culturais e ideológicos essenciais do mesmo Ocidente e seus interesses.
Pensamos que estará completamente errado quem queira ver nele um futuro super-Fidel, pronto a encabeçar a Revolução mundial contra o Ocidente e a aliança atlântica.
Se, em vez disso, a influência positiva do Brasil se juntar a toda a lusofonia, o "peso” de Portugal far-se-à sentir na nova ordem mundial inspirada e comandada pelo atlantismo e poderá mesmo admitir-se que a lusofonia, organizada, venha a ter nessa nova ordem um peso muito apreciável, determinante mesmo.
Haverá programa mais aliciante para o nosso nacionalismo e os novos nacionalistas?
Etiquetas: Balanço do Nacionalismo Português Actual, Em defesa do Ocidente, II Congresso Nacionalista Português, Um Nacionalismo Novo