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2009/11/13

A América em mudança 


Manuel Brás

O refrão da campanha de Obama, que terminou há um ano, está a cumprir-se à letra: Change you can believe in!

Com um ano de Obama em cima, parece que os americanos se estão a fartar depressa. Nas eleições de 3 de Novembro o Partido Republicano conquistou governadores nos estados de Virgínia e New Jersey, enquanto o candidato à Câmara dos Representantes do recém nascido Partido Conservador pelo 23º círculo eleitoral de Nova York arrecadava 45% frente a 49% do candidato democrata, depois de ter obrigado, três dias antes das eleições, a candidata do Partido Republicano – Scozzafava – a desistir da corrida com uns míseros 16%. Um começo honroso para o Partido Conservador e uma retoma animadora para os republicanos.

Mas, a maior surpresa veio do Maine, contra todas as sondagens e previsões. A maioria dos eleitores rejeitou a equiparação das uniões homossexuais ao casamento, o que faz elevar para 31 o nº de estados, incluindo a Califórnia, que sobre este assunto se pronunciou desta maneira, sem que os eleitores americanos alguma vez tenham aprovado a decisão contrária. Ou seja, 31 a 0.

É curioso que a maioria dos eleitores vota num determinado sentido, mas alguns juízes têm a mania que educam toda a gente e tomam unilateralmente decisões contrárias. Democracia, sim, mas desde que os votos vão no sentido que interessa aos iluminados.

Isto faz lembrar qualquer coisa que dá pelo nome de UE.


manuelbras@portugalmail.pt

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2009/10/02

In Memoriam: Irving Kristol 


Manuel Brás

O movimento conservador perdeu um dos seus expoentes máximos nas últimas 5 ou 6 décadas. Dito de outra forma: se o conservadorismo tem, na América, a convicção, a capacidade de mobilização e a militância que se lhe reconhece, deve-o, em grande medida, a este homem.

Oriundo da esquerda revolucionária trotskysta – será que o Anacleto se anima? – e, talvez por isso, mais odiado, viria mais tarde, nos anos 40 e 50, a recusar as utopias e a aderir à realidade, também no que toca às condições de possibilidade políticas.

De resto, soube congregar gente de grande valia intelectual à sua volta, publicar revistas e livros que moldaram a opinião pública americana, e não só. Embora considerado por alguns como o pai do “neoconservadorismo”, resta saber até que ponto se trata, ou não, de uma nova corrente dentro do conservadorismo, ou se, afinal, se trata de uma síntese das várias correntes conservadoras clássicas.

Em resumo, foi o exemplo daquilo que só muito remotamente existe na Direita política em Portugal, embora, sem dúvida, com algumas figuras meritórias. Portugal precisa de Kristols.

A fim de não maçar demasiadamente o leitor, deixam-se aqui duas ligações para textos alusivos à vida e obra de Irving Kristol.

Aquilo que retemos de um autor é aquilo que, de forma mais relevante, nos marca. Para mim foi o livro “Neoconservatism – The Autobiography of an Idea” e, dele, a noção e a visão de conservador: um liberal submerso pela realidade.

http://www.heritage.org/Press/NewsReleases/nr091809a.cfm

http://www.mercatornet.com/articles/view/neo-conservatism_irving_kristols_living_legacy/

manuelbras@portugalmail.pt

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