2010/04/09
O móbil
Manuel Brás
O estardalhaço com que as acusações de abusos sexuais de crianças – sobretudo de crianços – por parte de alguns eclesiásticos têm sido propagandeadas em alguma imprensa internacional e, obviamente, nacional, e ainda mais o facto de tentarem envolver o Papa Bento XVI acusando-o de ter encoberto tais casos, a avalanche com que casos ocorridos há mais de 30 ou 50 anos vêm, todos eles parar aos jornais e TV’s de um dia para o outro, nem mais nem menos, em Março e Abril de 2010, não permite outra alternativa que não seja estar em curso uma campanha de ódio contra a Igreja e o Papa.
Se isto não é um plano, o que será um plano?
Um avião pode colidir com um arranha-céus: é um acidente; mas dois aviões colidirem com dois arranha-céus que ficam lado a lado com um intervalo de meia hora, não é certamente um acidente. Ou será?
Passaram anos e décadas sem qualquer interesse por parte da imprensa e agora, de um dia para o outro, é que os media acordaram e descobriram o filão.
Campanha organizada e dirigida porque o interesse dos media por casos de abuso de menores recai exclusivamente sobre a Igreja Católica, esquecendo outras confissões religiosas, instituições civis e políticas, profissões e actividades. Será isso justo? Serão os eclesiásticos mais suspeitos que os médicos, artistas, profissionais dos media, diplomatas, professores, para dar alguns exemplos? Porquê?
Identificada a mais que óbvia campanha denegritória, o passo seguinte é identificar o móbil e quem a move. Ou seja: porquê e quem?
Esta campanha foi desencadeada pelo New York Times: facto. Que é o jornal que é e representa o que representa.
O Vaticano, através de declarações de alguns cardeais, apontou recentemente para movimentações de lobbies com uma agenda e interesses contrários aos valores cristãos em matéria de casamento e família. Tudo previsível e elucidativo.
Trata-se, portanto, de uma guerra cultural e social que, diga-se de passagem, já estava latente e cada vez mais anunciada. Nada de novo.
Mas, talvez uma outra hipótese seja igualmente verosímil, que em nada exclui a versão dos cardeais: consta que os recentes avanços no processo de beatificação do Papa Pio XII suscitaram certos “avisos” ao Vaticano.
Em qualquer caso, do que não há dúvidas é que são os poderes deste mundo – políticos e civis – a tentar tomar de assalto a Igreja e a querer mandar nela.
Agora já a separação entre os poderes políticos-temporais e a Igreja não presta.
É tudo de César, nada de Deus. Ou melhor, Deus é feito à medida de César, o que vai dar ao mesmo.
manuelbras@portugalmail.pt
O estardalhaço com que as acusações de abusos sexuais de crianças – sobretudo de crianços – por parte de alguns eclesiásticos têm sido propagandeadas em alguma imprensa internacional e, obviamente, nacional, e ainda mais o facto de tentarem envolver o Papa Bento XVI acusando-o de ter encoberto tais casos, a avalanche com que casos ocorridos há mais de 30 ou 50 anos vêm, todos eles parar aos jornais e TV’s de um dia para o outro, nem mais nem menos, em Março e Abril de 2010, não permite outra alternativa que não seja estar em curso uma campanha de ódio contra a Igreja e o Papa.
Se isto não é um plano, o que será um plano?
Um avião pode colidir com um arranha-céus: é um acidente; mas dois aviões colidirem com dois arranha-céus que ficam lado a lado com um intervalo de meia hora, não é certamente um acidente. Ou será?
Passaram anos e décadas sem qualquer interesse por parte da imprensa e agora, de um dia para o outro, é que os media acordaram e descobriram o filão.
Campanha organizada e dirigida porque o interesse dos media por casos de abuso de menores recai exclusivamente sobre a Igreja Católica, esquecendo outras confissões religiosas, instituições civis e políticas, profissões e actividades. Será isso justo? Serão os eclesiásticos mais suspeitos que os médicos, artistas, profissionais dos media, diplomatas, professores, para dar alguns exemplos? Porquê?
Identificada a mais que óbvia campanha denegritória, o passo seguinte é identificar o móbil e quem a move. Ou seja: porquê e quem?
Esta campanha foi desencadeada pelo New York Times: facto. Que é o jornal que é e representa o que representa.
O Vaticano, através de declarações de alguns cardeais, apontou recentemente para movimentações de lobbies com uma agenda e interesses contrários aos valores cristãos em matéria de casamento e família. Tudo previsível e elucidativo.
Trata-se, portanto, de uma guerra cultural e social que, diga-se de passagem, já estava latente e cada vez mais anunciada. Nada de novo.
Mas, talvez uma outra hipótese seja igualmente verosímil, que em nada exclui a versão dos cardeais: consta que os recentes avanços no processo de beatificação do Papa Pio XII suscitaram certos “avisos” ao Vaticano.
Em qualquer caso, do que não há dúvidas é que são os poderes deste mundo – políticos e civis – a tentar tomar de assalto a Igreja e a querer mandar nela.
Agora já a separação entre os poderes políticos-temporais e a Igreja não presta.
É tudo de César, nada de Deus. Ou melhor, Deus é feito à medida de César, o que vai dar ao mesmo.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Bento XVI, Manuel Brás