2007/06/18
As “associações de antigos alunos”.
O caso do antigo Colégio Dr. Simões Pereira,
Em Seia.
A Associação dos Antigos Alunos do Colégio Dr. Simões Pereira efectuou o seu 11º Convívio geral de antigos alunos e famílias no sábado e domingo, 9 e 10 do corrente, em Seia.
O primeiro dos convívios teve lugar, creio, em 1989. Lembro-me muito bem de ter logo subido ao palco da sala onde haveria várias outras intervenções. Num momento de inspiração, senti-o imediatamente depois e sinto-o ainda hoje, propus principalmente a criação formal duma associação de Antigos alunos, que desse continuidade àquela reunião, ao longo dos anos, “enquanto houver antigos alunos, até que Deus queira”, comentei.
Fui muito aplaudido pela assistência de umas largas centenas de antigos alunos e familiares, como foi aplaudido logo a seguir o antigo aluno Elmano Alves que corroborou a minha proposta com grande entusiasmo.
Digamos que a ideia da Associação ficou, pois, aprovada pelos antigos alunos, por aclamações vibrantes.
Não bastou porém, porque levou muito mais tempo que o necessário, até que se chegasse à elaboração dum projecto de estatutos e à celebração da escritura pública de constituição da A.A.A. do Colégio Dr. Simões Pereira.
Foram de facto incontáveis os “empurrões” que se teve de dar a algumas pessoas, até que isso acontecesse e de quem tais resistências não se deviam esperar.
Mas a actividade dos convívios gerais foi-se depois tornando rotineira.
Não se pode esquecer que o Colégio fechou, como colégio privado, transformado em escola secundária pública, há uns 40 anos.
Portanto, os antigos alunos vivos têm todos, hoje, mais de 50 anos e a maioria talvez mais de sessenta.
Quer dizer que daqui a 20 anos a Associação dificilmente estará em condições de sobreviver, se não lhe forem atribuídas funções, horizontes e características que suscitem outros interessados na sua sobrevivência.
Por isso, creio que foi uma boa ideia ter-se promovido este 11º convívio sob o signo do empreendedorismo e do possível lançamento dum programa de apoio a iniciativas diversas nesse campo, incluindo a criação dum sistema de participações financeiras em prol de projectos credíveis que surjam.
Tudo está nisso, julgo, isto é, na credibilidade das iniciativas, principalmente empresariais, e na credibilidade e competências dos seus promotores.
O autor da comunicação ao “convívio”, sobre esse ponto do empreendedorismo, Eng.º A.M. Moreira Gomes, também antigo aluno do Colégio, pareceu-me pessoa indicada para pôr a funcionar o sistema de financiamentos que ele próprio propôs e explicou.
Se obtiver a colaboração – que creio muito possível – duma boa meia dúzia de agentes locais, antigos alunos até, que bem conhecem o meio e que têm noções claras sobre algumas iniciativas que estão aí mesmo “à espreita”, estou certo de que poderá ter grande receptividade e sucesso para as suas ideias, no concelho de Seia.
Dar-lhe-emos todos, e muitos mais, entusiástica ajuda.
E a nossa Associação dos Antigos Alunos poderá também ganhar bastante com isso.
António da Cruz Rodrigues
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