2006/07/13
Um prato inesperado
O G-8 reúne já no dia 15 de Julho em S. Petersburgo, ao mesmo tempo que Bush e Putin aproveitam para uma cimeira a dois. Não sei se existe um grande fluxo de massas para esta cidade, à semelhança de Génova e de outras, mas admito que as amplas liberdades há muito em vigor no burgo ajudem a dar ao mundo uma verdadeira lição de democracia. É claro que as manifestações que houver, se houver, serão contra a presença do presidente americano, já se vê.De qualquer forma, à questão nuclear iraniana e ao perigo que representa também para a Rússia, devido às forças radicais islâmicas do Cáucaso e da Ásia Central, ao ênfase na participação de multinacionais nos projectos russos para o petróleo e o gás, à colaboração e participação dos EUA no combate às ameaças provenientes do Cáucaso e Ásia Central, incluindo o terrorismo islâmico, o tráfico de drogas, armas e pessoas, ou à reafirmação perante Putin de que as liberdades políticas, de expressão e os direitos humanos – o que quer que se entenda por isto – são uma condição sine qua non para a futura participação da Rússia nas reuniões do G-8, acresce um prato inesperado: que medidas tomar relativamente às provocações da Coreia do Norte?
Manuel Brás
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