2006/07/13
Quererão mesmo?
Em cada ano que passa a ONUSIDA lá vai fazendo o seu relatório. As conclusões são aquilo que já se sabe, basicamente as mesmas de sempre: que a epidemia continua a alastrar, de modo especial na África subsaariana. É o que repete a comunicação social, embora sejam, talvez, poucos aqueles que sabem, e que querem saber, porquê. Como que por reflexo condicionado, logo surgem as receitas, essas também as mesmas de sempre, que o condom lobby não dorme.
Alto aí! Há uma excepção: o Uganda. Neste país, a taxa de população infectada com HIV decresceu de forma ímpar nos últimos 20 anos, de cerca de 22% para 4% em fins de 2003. Nesta mesma data a África do Sul detinha 21,5% da população infectada, a Naníbia 21,3%, a Zâmbia 16,5%, o Zimbabwe 24,6%, o Lesotho 28,9%. Porquê? Porque as autoridades ugandesas, impulsionadas pela coragem e a liderança do Presidente, lançaram o Programa ABC (Abstinence, Be Faithful, Condoms, por esta ordem de importância), ao fim e ao cabo encorajando os jovens não casados à abstinência e os casais à fidelidade conjugal. De resto, basta o senso comum para entender que a promiscuidade sexual favorece a disseminação do HIV e de outras doenças de transmissão sexual.
Mas, talvez já não baste o senso comum para entender que a receita dos preservativos não é eficaz a 100% na prevenção da transmissão do HIV, conforme avisa a FDA (Food and Drugs Administration) nos seus folhetos, ficando-se pelos 85%, segundo estudos realizados por vários autores.
Não se compreende, por isso, o silêncio da comunicação social e da chamada “comunidade internacional” em relação ao sucesso do Uganda. Até mesmo a ONUSIDA, reconhecendo o sucesso, recusa-se a dizer porquê: Uganda's history of a strong national commitment to awareness and health promotion about HIV/AIDS resulted in an average 18% decline in the prevalence rate in the early 1980s to its current stagnation.
Quanto ao programa ABC, nem uma palavra.
Será que eles querem mesmo, acima de tudo, combater a epidemia?
Manuel Brás
Alto aí! Há uma excepção: o Uganda. Neste país, a taxa de população infectada com HIV decresceu de forma ímpar nos últimos 20 anos, de cerca de 22% para 4% em fins de 2003. Nesta mesma data a África do Sul detinha 21,5% da população infectada, a Naníbia 21,3%, a Zâmbia 16,5%, o Zimbabwe 24,6%, o Lesotho 28,9%. Porquê? Porque as autoridades ugandesas, impulsionadas pela coragem e a liderança do Presidente, lançaram o Programa ABC (Abstinence, Be Faithful, Condoms, por esta ordem de importância), ao fim e ao cabo encorajando os jovens não casados à abstinência e os casais à fidelidade conjugal. De resto, basta o senso comum para entender que a promiscuidade sexual favorece a disseminação do HIV e de outras doenças de transmissão sexual.
Mas, talvez já não baste o senso comum para entender que a receita dos preservativos não é eficaz a 100% na prevenção da transmissão do HIV, conforme avisa a FDA (Food and Drugs Administration) nos seus folhetos, ficando-se pelos 85%, segundo estudos realizados por vários autores.
Não se compreende, por isso, o silêncio da comunicação social e da chamada “comunidade internacional” em relação ao sucesso do Uganda. Até mesmo a ONUSIDA, reconhecendo o sucesso, recusa-se a dizer porquê: Uganda's history of a strong national commitment to awareness and health promotion about HIV/AIDS resulted in an average 18% decline in the prevalence rate in the early 1980s to its current stagnation.
Quanto ao programa ABC, nem uma palavra.
Será que eles querem mesmo, acima de tudo, combater a epidemia?
Manuel Brás
Etiquetas: Em Defesa da Vida, Manuel Brás