2005/09/26
Ainda para um novo conceito e uma nova prática de Poder Local (IV).
Uma medida pioneira anunciada pela Câmara de Seia.
Falei, no poste anterior, sobre a matéria em epígrafe, citando o economista António Borges, de “gestão autárquica de qualidade e propiciadora de fixação de talentos”.
É aí apontado este ponto como primeira prioridade duma ideia nova de Poder autárquico.
Claro que, de modo mais geral, os municípios devem lutar para não perder população e fazer tudo por atrair mais gentes, num esforço contra a desertificação, que particularmente se impõe nos distritos do Interior.
É em todo o caso excelente que se sublinhe a necessidade de fixar talentos.
Haverá até municípios que já perceberam isso e se terão fixado tal objectivo.
Sei, por exemplo, do concelho de Seia, presidido há três mandatos pelo socialista Eduardo Mendes de Brito, que recentemente anunciou a criação de apoio financeiro para jovens licenciados, naturais do concelho, que se encontrem desempregados.
Pareceu-me que a motivação fundamental da medida é o combate à consequência mais visível do desemprego, isto é, a falta de salário.
Em todo o caso, talvez não fosse difícil fundamentar esse apoio também com o móbil do estímulo à fixação de talentos.
E, desde que se pudesse definir quais os tipos de talentos de que o concelho mais carece, acrescentar ao apoio previsto pela medida qualquer tipo de suplementos que estimulassem os talentos desse(s) tipo(s) a fixar-se mais tarde ou mais cedo no concelho.
Talvez pareça um excesso de planeamento central, condenado ao excesso e ao fiasco, como qualquer dirigismo centralista em geral.
Desde que se esteja atento ao risco, creio que poderiam alcançar-se resultados interessantes, tornando mais ambiciosa a medida pioneira anunciada pelo Município de Seia.
A.C.R.
É aí apontado este ponto como primeira prioridade duma ideia nova de Poder autárquico.
Claro que, de modo mais geral, os municípios devem lutar para não perder população e fazer tudo por atrair mais gentes, num esforço contra a desertificação, que particularmente se impõe nos distritos do Interior.
É em todo o caso excelente que se sublinhe a necessidade de fixar talentos.
Haverá até municípios que já perceberam isso e se terão fixado tal objectivo.
Sei, por exemplo, do concelho de Seia, presidido há três mandatos pelo socialista Eduardo Mendes de Brito, que recentemente anunciou a criação de apoio financeiro para jovens licenciados, naturais do concelho, que se encontrem desempregados.
Pareceu-me que a motivação fundamental da medida é o combate à consequência mais visível do desemprego, isto é, a falta de salário.
Em todo o caso, talvez não fosse difícil fundamentar esse apoio também com o móbil do estímulo à fixação de talentos.
E, desde que se pudesse definir quais os tipos de talentos de que o concelho mais carece, acrescentar ao apoio previsto pela medida qualquer tipo de suplementos que estimulassem os talentos desse(s) tipo(s) a fixar-se mais tarde ou mais cedo no concelho.
Talvez pareça um excesso de planeamento central, condenado ao excesso e ao fiasco, como qualquer dirigismo centralista em geral.
Desde que se esteja atento ao risco, creio que poderiam alcançar-se resultados interessantes, tornando mais ambiciosa a medida pioneira anunciada pelo Município de Seia.
A.C.R.
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