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2005/09/19

Sente-se ameaçado? 

Perguntava uma jornalista da TV a um participante na manifestação contra o lobby gay. Daí surgiu uma observação até então esquecida, mas não menos importante, para quem tem filhos ou, de alguma outra forma, trabalha com crianças e jovens: a forma como o fenómeno da homossexualidade é apresentado na escola, no âmbito daquilo que são as linhas orientadoras, guias, programas (o que lhes quiserem chamar) que a APF tem esboçado para o Ministério da Educação, Professores e Educadores.

Por exemplo, “Educação Sexual na Escola – Guia para Professores, Formadores e Educadores”, da Texto Editora, tem 4 co-autores(as), todos eles colaboradores da APF desde o fim dos anos 80. Isto é só para não virem dizer que a APF não tem nada a ver com linhas orientadoras, guias e conteúdos veiculados aos jovens nas escolas sob o conceito de “educação sexual”.

Sobre tais conteúdos elucida-nos o “Expresso” de 14 de Maio passado. Uma verdadeira bomba. A partir daí foi um “vê se te avias” com a descoberta, para muitos pais, do mundo bibliográfico, das referências, sugestões, guiões, muita informação disponível em
http://www.move.com.pt/

Parece óbvio que, à luz da não discriminação em função da “orientação sexual” (será a pedofilia uma orientação sexual?), a homossexualidade terá de ser apresentada aos jovens como igual e tão válida como a heterossexualidade, e que portanto os jovens só têm que fazer as suas opções. Isto é capaz de trazer “surpresas” aos Pais.

Não creio que exista défice daquilo a que a vulgarmente se chama “educação sexual”. Por uma razão muito simples: repare-se na queda da natalidade dos últimos 25 anos, nos miseráveis valores actuais de 1,4 filhos/mulher, que nem chega para repor as gerações, e no envelhecimento da população. Isto só é possível numa sociedade altamente educada em termos sexuais.

É claro que, para alguns, ainda há um longo caminho a percorrer: a queda dos sexos e a imposição do gender, depois vem a queda do parentesco e a seguir a da espécie, para chegar à conclusão de que, afinal de contas, o melhor é a extinção.

Começa-se com o controle da natalidade e acaba-se na extinção: ver em
http://www.vhemt.org/

É sempre possível encontrar justificação para o que se pretende.

Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt

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