2005/05/18
Horizontes de Paz.
A grande aliança anunciada. (IV)
As grandes decepções do Pontificado de João Paulo II foram duas na verdade: o não reconhecimento expresso no Tratado Constitucional europeu dos fundamentos cristãos da Europa e a falta de abertura da Igreja Ortodoxa Russa à mão estendida do Santo Padre.
A primeira decepção corresponde, para já, a um facto consumado; a segunda deve ser remediada, porque a qualquer altura a Igreja Russa pode vencer as suas desconfianças e corresponder à vontade ecuménica do Santo Padre Bento XVI, já expressa no mesmo sentido que tão ardentemente prosseguiu o seu Antecessor.
A questão é especialmente importante no domínio da Aliança que nos tem ocupado (aqui, aqui e aqui), porque o Ecumenismo, que já era vector decidido da orientação dos Papas do século passado, mais acentuadamente desde João XXIII, tornou-se com João Paulo II muito mais visível e concretizador.
Essa maior visibilidade do Ecumenismo e a vontade concretizadora mais activa e mediatizada de João Paulo II, deram aos observadores e líderes mundiais, políticos e religiosos, ainda maior confiança na força tranquila da Igreja Católica, como factor de unidade e de paz social e religiosa.
Diria que, para tudo ser perfeito, apenas falta o gesto de serena confiança e pleno assentimento da Igreja Ortodoxa Russa, capaz naturalmente de, por si, desfazer qualquer sentimento ainda eventualmente relutante ou reticente da parte de alguma outra Igreja Ortodoxa.
Penso, aliás, que João Paulo II não ansiaria por esse gesto apenas pelo Ecumenismo em si (o que seria amplamente bastante), mas também pela Nova Evangelização do Mundo que queria ver relançada e de que o Ecumenismo tem necessariamente de ser elemento catequizador e catalizador por excelência.
Se as religiões reveladas da mesma raiz não fizerem o máximo por aproximar-se e entender-se (estando já bem esclarecidos os termos em que deve compreender-se o Ecumenismo), que prova maior poderemos dar da nossa vontade de nos amarmos e de sermos capazes de cooperar para a cristianização ou recristianização da Terra?
E, para os não-Cristãos, que prova maior poderemos apresentar da nossa capacidade de construir e equilibrar, em vez de também sermos factores de insegurança e divisão, entre irmãos e no Mundo em geral?
Reforçada sairá seguramente a grande Aliança.
A.C.R.
A primeira decepção corresponde, para já, a um facto consumado; a segunda deve ser remediada, porque a qualquer altura a Igreja Russa pode vencer as suas desconfianças e corresponder à vontade ecuménica do Santo Padre Bento XVI, já expressa no mesmo sentido que tão ardentemente prosseguiu o seu Antecessor.
A questão é especialmente importante no domínio da Aliança que nos tem ocupado (aqui, aqui e aqui), porque o Ecumenismo, que já era vector decidido da orientação dos Papas do século passado, mais acentuadamente desde João XXIII, tornou-se com João Paulo II muito mais visível e concretizador.
Essa maior visibilidade do Ecumenismo e a vontade concretizadora mais activa e mediatizada de João Paulo II, deram aos observadores e líderes mundiais, políticos e religiosos, ainda maior confiança na força tranquila da Igreja Católica, como factor de unidade e de paz social e religiosa.
Diria que, para tudo ser perfeito, apenas falta o gesto de serena confiança e pleno assentimento da Igreja Ortodoxa Russa, capaz naturalmente de, por si, desfazer qualquer sentimento ainda eventualmente relutante ou reticente da parte de alguma outra Igreja Ortodoxa.
Penso, aliás, que João Paulo II não ansiaria por esse gesto apenas pelo Ecumenismo em si (o que seria amplamente bastante), mas também pela Nova Evangelização do Mundo que queria ver relançada e de que o Ecumenismo tem necessariamente de ser elemento catequizador e catalizador por excelência.
Se as religiões reveladas da mesma raiz não fizerem o máximo por aproximar-se e entender-se (estando já bem esclarecidos os termos em que deve compreender-se o Ecumenismo), que prova maior poderemos dar da nossa vontade de nos amarmos e de sermos capazes de cooperar para a cristianização ou recristianização da Terra?
E, para os não-Cristãos, que prova maior poderemos apresentar da nossa capacidade de construir e equilibrar, em vez de também sermos factores de insegurança e divisão, entre irmãos e no Mundo em geral?
Reforçada sairá seguramente a grande Aliança.
A.C.R.
Etiquetas: Bento XVI, João Paulo II