2005/05/09
Eles mentem, eles perdem…
Com a vitória de Tony Blair a somar à de George W. Bush há seis meses, nós vemos como a esquerda indígena e mundialista voltou a acertar em cheio nas suas causas…
Por cá, foi preciso desterrar o Primeiro-Ministro e submeter o seu substituto a um golpe do mais refinado cinismo.
Só a Espanha fraquejou com medo do terrorismo.
Continuo a dizer que não há justificação ética para a invasão de um país soberano como o Iraque pelas tropas anglo-americanas. Como se verificou pelo facto das suas mais medonhas suspeitas não terem passado disso por não terem qualquer fundamento, conforme atestam os relatórios da inteligence americana recentemente conhecidos. Ou seja, um bluff.
O que não abona a favor da credibilidade da já debilitada e desgastada política externa americana, desde há várias décadas.
Mas agora, consumado o facto, as forças de ocupação anglo-americanas têm que devolver o Iraque aos iraquianos. Com a paciência e a determinação que o processo de pacificação e de ordem interna exigirem.
Para já, esta presença americana no Médio Oriente teve um primeiro efeito colateral positivo na região: a saída das tropas de ocupação sírias do Líbano, que pode, assim, recuperar a sua independência. Porém, falta garantir um requisito aparentemente insignificante: o desarmamento do hezbollah. E os americanos sabem disso.
Não terá sido por acaso que Condoleeza Rice se deslocou ao Médio Oriente numa das suas primeiras missões como Secretária de Estado.
Pode-se especular sobre outros eventuais efeitos benéficos desta invasão para a conturbada região do Médio Oriente, seja no plano das forças políticas e militares da região, seja no das considerações geoestratégicas e civilizacionais.
Mas isso, talvez só daqui a 10 ou 20 anos possamos verificar.
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Por cá, foi preciso desterrar o Primeiro-Ministro e submeter o seu substituto a um golpe do mais refinado cinismo.
Só a Espanha fraquejou com medo do terrorismo.
Continuo a dizer que não há justificação ética para a invasão de um país soberano como o Iraque pelas tropas anglo-americanas. Como se verificou pelo facto das suas mais medonhas suspeitas não terem passado disso por não terem qualquer fundamento, conforme atestam os relatórios da inteligence americana recentemente conhecidos. Ou seja, um bluff.
O que não abona a favor da credibilidade da já debilitada e desgastada política externa americana, desde há várias décadas.
Mas agora, consumado o facto, as forças de ocupação anglo-americanas têm que devolver o Iraque aos iraquianos. Com a paciência e a determinação que o processo de pacificação e de ordem interna exigirem.
Para já, esta presença americana no Médio Oriente teve um primeiro efeito colateral positivo na região: a saída das tropas de ocupação sírias do Líbano, que pode, assim, recuperar a sua independência. Porém, falta garantir um requisito aparentemente insignificante: o desarmamento do hezbollah. E os americanos sabem disso.
Não terá sido por acaso que Condoleeza Rice se deslocou ao Médio Oriente numa das suas primeiras missões como Secretária de Estado.
Pode-se especular sobre outros eventuais efeitos benéficos desta invasão para a conturbada região do Médio Oriente, seja no plano das forças políticas e militares da região, seja no das considerações geoestratégicas e civilizacionais.
Mas isso, talvez só daqui a 10 ou 20 anos possamos verificar.
Manuel Brás
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Em defesa do Ocidente, Manuel Brás