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2005/05/11

A grande aliança anunciada 

Anteontem, em Moscovo, na maior das festas comemorativas dos 60 anos do fim da guerra de 1939-45, isto é, da rendição sem condições da Alemanha, perante alguns dos grandes dirigentes mundiais – Bush, Schroeder, Berlusconi, o primeiro-ministro japonês Koizumi, etc. – o presidente russo Putine reclamou a criação de uma nova aliança internacional contra o terrorismo.

O que julgo indispensável, antes de tudo, é que seja uma aliança conforme a natureza das coisas, importando mais isso que uma aliança formal, explícita mas sem condições reais para funcionar efectivamente.

E era de facto numa aliança, a nível mundial, desse tipo – mas excedendo muito o estrito objectivo do anti-terrorismo – que pensava quando aqui escrevi sobre
“As novas alianças, a nível mundial, lançadas por João Paulo II e a prosseguir por Bento XVI”.

Na verdade, uma aliança de alianças.

Nessa aliança implícita, como é óbvio, são já elementos decisivos a Igreja e o Judaísmo mundial, este com as suas expressões principais, sendo uma delas o Estado de Israel.

A União Europeia é evidentemente indispensável mas permanecem as dificuldades de vê-la definir-se enquanto perdurarem as resistências da França ao atlantismo, que já têm funcionado como uma espécie de cavalo de Tróia dentro do sistema de alianças de que se fala.

Ora o atlantismo é um elemento e factor decisivo do sistema. Porque os EUA e a Grã-Bretanha são o motor principal para a organização da segurança e controlo do espaço atlântico e para o controlo do Médio Oriente e da Ásia Central.

Lá longe, o Japão e a Coreia do Sul, Taiwan e a Austrália, como a África sub-sariana aqui à porta, integram-se já ou devem integrar-se no sistema, por uma exigência de racionalidade histórica ou porque constituam, com toda a naturalidade, uma espécie de 1ª frente de testes à solidez do sistema tácito de alianças que espontaneamente se vai definindo.

Quanto à Rússia, é evidente a ambição e interesse expressos por Putine de também ela fazer parte da “entente”.

Mas não temos de julgar que se resolvem os problemas e as indefinições todas de uma penada: a Turquia, o Irão, a Índia, a Ucrânia, o Brasil de Lula da Silva, etc. …

A.C.R.

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