2005/04/19
A Formação Profissional ao longo da Vida Inteira
Foi um conceito novo desenvolvido numa Europa do pleno emprego, e em plena expansão económica, nos anos cinquenta e princípios dos anos sessenta do séc. XX.
Nesses tempos, só não tinha emprego quem não actualizava, reciclava a sua formação, adaptando-a às transformações tecnológicas; ou quem não tinha formação alguma, permanecendo como trabalhador indiferenciado, papel que a crescente imigração preenchia cada vez melhor.
Hoje também essa formação ao longo da vida inteira, rápida, constante e exigente continua imperativa, mas porque, ao contrário daquela época, o desemprego não cessa de crescer e é preciso munir os ameaçados de desemprego de habilitações sempre mais actualizadas e evoluídas.
Verdade igualmente para os que procuram o primeiro emprego, até licenciados, cujos cursos superiores muitas vezes não lhes proporcionam os complementos mais adequados à luta no concreto dos mercados de trabalho.
São tudo verdades que, em geral, a Europa Ocidental descobriu antes de nós, e que Portugal começou a ter em conta por 1960/62, já a Guerra do Ultramar ia bem acesa, através da criação do Fundo de Desenvolvimento de Mão-de-Obra.
A guerra surda que então lhe moveu o Ministério da Educação já há muito passou à história e hoje os dois sistemas de formação – o do Ministério da Educação (Ensino Técnico Profissional, Escolas Profissionais, Cursos Tecnológicos) e o do Ministério do Trabalho, sobretudo nos últimos três anos, vivem em harmonia e colaborantes, integrados e complementares.
A ponto de poder dizer-se que começa a haver em Portugal dois verdadeiros Ministérios da Educação.
Mas tudo começou em 1960/1962.
E é tão importante que mesmo a Universidade acaba por interessar-se pelo valor e significado do que se fez em Portugal a partir dessa origem distante, através de contingências e vontades decididas, vencendo os “empatas” omnipresentes e as realidades acabando por impor-se.
Sei, pelo menos, de uma tese de doutoramento em preparação sobre como tudo começou e prosseguiu até 1974, com tanta felicidade, aliás, que esses anos do PREC, com a destruição de Ensino Técnico profissional, se não fosse a FP do Ministério das Corporações teríamos ficado em Portugal, em pleno séc. XX, sem formação profissional alguma.
A.C.R.
P.S. Sobre esta matéria, ver ainda este nosso poste de 2005/03/02.
Nesses tempos, só não tinha emprego quem não actualizava, reciclava a sua formação, adaptando-a às transformações tecnológicas; ou quem não tinha formação alguma, permanecendo como trabalhador indiferenciado, papel que a crescente imigração preenchia cada vez melhor.
Hoje também essa formação ao longo da vida inteira, rápida, constante e exigente continua imperativa, mas porque, ao contrário daquela época, o desemprego não cessa de crescer e é preciso munir os ameaçados de desemprego de habilitações sempre mais actualizadas e evoluídas.
Verdade igualmente para os que procuram o primeiro emprego, até licenciados, cujos cursos superiores muitas vezes não lhes proporcionam os complementos mais adequados à luta no concreto dos mercados de trabalho.
São tudo verdades que, em geral, a Europa Ocidental descobriu antes de nós, e que Portugal começou a ter em conta por 1960/62, já a Guerra do Ultramar ia bem acesa, através da criação do Fundo de Desenvolvimento de Mão-de-Obra.
A guerra surda que então lhe moveu o Ministério da Educação já há muito passou à história e hoje os dois sistemas de formação – o do Ministério da Educação (Ensino Técnico Profissional, Escolas Profissionais, Cursos Tecnológicos) e o do Ministério do Trabalho, sobretudo nos últimos três anos, vivem em harmonia e colaborantes, integrados e complementares.
A ponto de poder dizer-se que começa a haver em Portugal dois verdadeiros Ministérios da Educação.
Mas tudo começou em 1960/1962.
E é tão importante que mesmo a Universidade acaba por interessar-se pelo valor e significado do que se fez em Portugal a partir dessa origem distante, através de contingências e vontades decididas, vencendo os “empatas” omnipresentes e as realidades acabando por impor-se.
Sei, pelo menos, de uma tese de doutoramento em preparação sobre como tudo começou e prosseguiu até 1974, com tanta felicidade, aliás, que esses anos do PREC, com a destruição de Ensino Técnico profissional, se não fosse a FP do Ministério das Corporações teríamos ficado em Portugal, em pleno séc. XX, sem formação profissional alguma.
A.C.R.
P.S. Sobre esta matéria, ver ainda este nosso poste de 2005/03/02.
Etiquetas: Ensino, Imigração, PREC