2004/03/12
"Somos todos Americanos!" Face à tragédia de Madrid, somos todos muito mais que Espanhóis. Porque somos todos, desde ontem, ainda muito mais Europeus.
Na verdade, ontem, em Madrid, não foi atingida apenas a Espanha. Atingido foi outra vez o Ocidente, obra da Europa.
Na verdade, é a Europa que os terroristas atingiram em cheio — sejam eles a ETA ou a Al Qaeda ou ambas.
Na verdade, a tragédia de Madrid é, por isso, um novo selo da identidade que nos une a todos, como reféns da mesma causa e do mesmo destino.
Somos, desde ontem, ainda mais Europeus!
Não a Europa da hegemonia franco-alemã, claro, mas a Europa da hegemonia de todos os Europeus.
O que acaba de acontecer em Madrid vem de resto confirmar que a guerra declarada no 11 de Setembro é, continua a ser uma realidade, mesmo para os que não querem ver nem acreditar.
Também por isso — especialmente por isso — é importante que, como Europeus, encaremos essa tremenda realidade com perfeito sentido de total solidariedade europeia.
Quanto mais tarde isso acontecer — a aceitação plena da nossa solidariedade total — pior será, porque as situações a que não fizermos frente atempadamente ir-se-ão, entretanto, fatalmente degradando.
Não poderemos tornar a esquecer ou ignorar as lições e intimações das nossas tragédias históricas.
Porque as tragédias têm isto de grandioso.
Costumam ser próprias para unir as vítimas — as vítimas directas, imediatas, e os outros, os que podem vir a ser proximamente as novas vítimas de sangue.
Proclamemo-lo sem receio nem estigmas.
Não voltaremos as costas à guerra que nos fazem!
Não daremos de bandeja a vitória ao inimigo!
A partir de agora, a Europa passou a fundar e cimentar a sua unidade no sangue dos seus mártires e dos seus novos heróis!
E a Espanha é, neste transe, como já tem sido outras vezes, a ponta de lança da Europa.
Amanhã poderemos ser nós.
A.C.R.
Na verdade, é a Europa que os terroristas atingiram em cheio — sejam eles a ETA ou a Al Qaeda ou ambas.
Na verdade, a tragédia de Madrid é, por isso, um novo selo da identidade que nos une a todos, como reféns da mesma causa e do mesmo destino.
Somos, desde ontem, ainda mais Europeus!
Não a Europa da hegemonia franco-alemã, claro, mas a Europa da hegemonia de todos os Europeus.
O que acaba de acontecer em Madrid vem de resto confirmar que a guerra declarada no 11 de Setembro é, continua a ser uma realidade, mesmo para os que não querem ver nem acreditar.
Também por isso — especialmente por isso — é importante que, como Europeus, encaremos essa tremenda realidade com perfeito sentido de total solidariedade europeia.
Quanto mais tarde isso acontecer — a aceitação plena da nossa solidariedade total — pior será, porque as situações a que não fizermos frente atempadamente ir-se-ão, entretanto, fatalmente degradando.
Não poderemos tornar a esquecer ou ignorar as lições e intimações das nossas tragédias históricas.
Porque as tragédias têm isto de grandioso.
Costumam ser próprias para unir as vítimas — as vítimas directas, imediatas, e os outros, os que podem vir a ser proximamente as novas vítimas de sangue.
Proclamemo-lo sem receio nem estigmas.
Não voltaremos as costas à guerra que nos fazem!
Não daremos de bandeja a vitória ao inimigo!
A partir de agora, a Europa passou a fundar e cimentar a sua unidade no sangue dos seus mártires e dos seus novos heróis!
E a Espanha é, neste transe, como já tem sido outras vezes, a ponta de lança da Europa.
Amanhã poderemos ser nós.
A.C.R.
2004/03/10
No Portugal Interior. As reformas do Governo criam oportunidades.
Mas, se os Portugueses não as aproveitarem?... Ou se o Governo não souber fazê-las credíveis?... Falhanço, em qualquer caso, da sua Arte de Governar. (V)
(continuação do post de 2004/03/09)
Como preveni-lo, para evitá-lo?
Como interessar os investidores na criação de unidades empresariais vocacionadas para a comercialização dos produtos agrícolas e artesanais e do produto turístico regional, no caso o Portugal Interior e, especialmente, a Beira Interior?
Como conseguir que as Universidades e Politécnicos da região desenvolvam um sentido maior de aproximação às empresas, e reciprocamente?
Como conseguir que as Câmaras prossigam e desenvolvam o seu esforço de urbanização de vilas e cidades, demonstrativo de que se procura elevar a qualidade de vida local, para atrair e fixar novos residentes?
E, uma vez que se falou de qualidade, como instalar nos agentes das actividades e acções que o PRASD possa vir a apoiar, a obsessão permanente da qualidade, em tudo e por tudo?
Como levar a Beira Interior a saber tirar proveito das marcas, como seria o caso, talvez mais evidente, da marca Serra da Estrela?
Como conseguir-se valorizar as actividades tradicionais pela intensificação da incorporação tecnológica, sem desvirtuar o carácter e qualidade dos seus produtos?
Ou será que, nessas actividades, como os lacticínios, por exemplo, a incorporação tecnológica terá de limitar-se às acções de comercialização, conquista de mercados e gestão?
E quanto à floresta e às potencialidades florestais, frequentemente consideradas o maior e o menos explorado recurso natural renovável da região?
Como convencer os investidores de que o “uso múltiplo” da floresta deve tornar-se a solução para tornar o espaço florestal rentável a médio prazo, associando à exploração da floresta propriamente dita a exploração, no mesmo espaço, de outras actividades de retorno muito mais rápido dos investimentos?
Por onde deve o PRASD – Programa de Recuperação das Áreas e Sectores Deprimidos começar, no caso das Beiras?
Como em qualquer outro caso e em qualquer área ou sector deprimido, parece que os resultados da intervenção do PRASD serão mais rapidamente visíveis se este puder descobrir localmente os melhores agentes privados para conduzirem as acções a desenvolver, que sejam localmente enraizados e já tenham ou rapidamente sejam capazes de organizar equipas aptas a trabalhar nessas acções. Agentes que poderão ser empresas ou empreendedores com provas dadas ou em busca de oportunidades e com ideias claras do que querem.
Creio que os responsáveis pelo PRASD – à cabeça o primeiro deles, o Prof. Daniel Bessa – terão também mais êxito e mais rapidamente quanto melhores condições criarem para atrair e se revelarem esses valores.
Porque não também através de concurso públicos
A.C.R.
(continua num próximo post)
(continuação do post de 2004/03/09)
Como preveni-lo, para evitá-lo?
Como interessar os investidores na criação de unidades empresariais vocacionadas para a comercialização dos produtos agrícolas e artesanais e do produto turístico regional, no caso o Portugal Interior e, especialmente, a Beira Interior?
Como conseguir que as Universidades e Politécnicos da região desenvolvam um sentido maior de aproximação às empresas, e reciprocamente?
Como conseguir que as Câmaras prossigam e desenvolvam o seu esforço de urbanização de vilas e cidades, demonstrativo de que se procura elevar a qualidade de vida local, para atrair e fixar novos residentes?
E, uma vez que se falou de qualidade, como instalar nos agentes das actividades e acções que o PRASD possa vir a apoiar, a obsessão permanente da qualidade, em tudo e por tudo?
Como levar a Beira Interior a saber tirar proveito das marcas, como seria o caso, talvez mais evidente, da marca Serra da Estrela?
Como conseguir-se valorizar as actividades tradicionais pela intensificação da incorporação tecnológica, sem desvirtuar o carácter e qualidade dos seus produtos?
Ou será que, nessas actividades, como os lacticínios, por exemplo, a incorporação tecnológica terá de limitar-se às acções de comercialização, conquista de mercados e gestão?
E quanto à floresta e às potencialidades florestais, frequentemente consideradas o maior e o menos explorado recurso natural renovável da região?
Como convencer os investidores de que o “uso múltiplo” da floresta deve tornar-se a solução para tornar o espaço florestal rentável a médio prazo, associando à exploração da floresta propriamente dita a exploração, no mesmo espaço, de outras actividades de retorno muito mais rápido dos investimentos?
Por onde deve o PRASD – Programa de Recuperação das Áreas e Sectores Deprimidos começar, no caso das Beiras?
Como em qualquer outro caso e em qualquer área ou sector deprimido, parece que os resultados da intervenção do PRASD serão mais rapidamente visíveis se este puder descobrir localmente os melhores agentes privados para conduzirem as acções a desenvolver, que sejam localmente enraizados e já tenham ou rapidamente sejam capazes de organizar equipas aptas a trabalhar nessas acções. Agentes que poderão ser empresas ou empreendedores com provas dadas ou em busca de oportunidades e com ideias claras do que querem.
Creio que os responsáveis pelo PRASD – à cabeça o primeiro deles, o Prof. Daniel Bessa – terão também mais êxito e mais rapidamente quanto melhores condições criarem para atrair e se revelarem esses valores.
Porque não também através de concurso públicos
A.C.R.
(continua num próximo post)
Etiquetas: Beira Interior, Conta-me como foi..., Memórias das minhas Aldeias
2004/03/09
TESTES PARA O NOVO NACIONALISMO. “Arte de Governar”, isso não é com os nacionalistas? (IV). Queremos provar que sim.
(continuação do post de 2004/03/04)
Estava a desenvolver o que penso de algumas das reformas lançadas ou anunciadas ultimamente pelo Governo, como visando uma renovação profunda do Portugal a que chegámos.
Para já, vejo-as pelo menos como uma grande lufada de ar fresco numa atmosfera cheia da repetição de coisas no fundo bem velhas, muito gastas e de muito conhecidos resultados, em geral comprovadamente desastrosos ou sem efeitos que valham a pena.
Assim o Governo tenha os meios de dar-lhes continuidade e sequência e se mostre capaz de persistir e aprofundá-las, isto é, institucionalizando-as q.b.
Os governantes não devem nem podem deixar-se desanimar por ataques de tantos que não representam mais do que as experiências falhadas, as que precisamente prometem repetir, gostariam de repetir.
Uma parte importante do País põe expectativas muito favoráveis nas novas reformas.
Se resultarem bem, se começarem a resultar bem, graças a um profundo empenhamento nelas e noutras com o mesmo sentido mobilizador e renovador do País, será possível chegar ao tal ciclo de governação de dez anos, indispensável para o completo sucesso delas.
E o sucesso é sempre contagioso...
Mas os governantes não podem fraquejar e quem o P.M. achar que não corresponde, deve ser substituído prontamente, agora que o P.M. já teve as oportunidades bastantes para lhes tirar as provas dos noves, que o tempo já é pouco.
O P.M. tem jogado forte, deve continuar, sem hesitações.
Mas o senhor Primeiro-Ministro não precisa de conselhos, nem de incitamentos meus, ou que, seja quem for, lhe lembre o óbvio. E sobretudo não remodele simplesmente para amainar as oposições. Nada as satisfará.
Hoje falo do PRASD – Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos.
O nome diz tudo, no que respeita a ambições.
Primeiro, o programa identificou as áreas real ou potencialmente em declínio, através duma chamada equipa de missão que, depois, apurou as vocações, recursos e vantagens relativas de cada área, procurando diagnosticar também quais as “âncoras de desenvolvimento” respectivas e elaborando, em consequência, as recomendações estratégicas para cada área.
A Beira Interior, por exemplo, foi considerada uma das áreas deprimidas do País.
A sua população diminuiu de 1981 a 1991 e de 1991 a 2001, uns 7,1% e 2,8%, respectivamente, ficando com uma população cada vez mais envelhecida.
Mas há aí centros urbanos onde a população aumentou e o poder de compra também, aproximando-se cada vez mais da média nacional, como é o caso da Guarda, Covilhã, Castelo Branco e mesmo o do Fundão e Seia.
Recursos desta região: a posição transfronteiriça, em relação à Espanha, naturalmente, e à Europa também; o seu potencial turístico considerado muito elevado, incluindo turismo termal, histórico e religioso; as instituições de ensino superior e universitário na Covilhã, Castelo Branco, Guarda e Seia; o ambiente rico em diversidades de carácter morfológico e paisagístico e da fauna e flora; as possibilidades muito atractivos para o lazer e para a prática desportiva, incluindo desportos radicais e da neve; a riqueza de produtos e tradições artesanais; a abundância de oportunidades para a produção de energias renováveis, eólica em especial; a riqueza de recursos florestais e de possibilidades para o seu desenvolvimento e para a exploração intensiva do espaço florestal; e, apesar do relativo despovoamento, recursos humanos de grandes tradições e capacidades de trabalho.
A Beira Interior não é pobre.
Tem, sim, muitas potencialidades a desenvolver e aproveitar.
Como tirar proveito do PRASD – Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos?
A.C.R.
(continua num próximo post)
Estava a desenvolver o que penso de algumas das reformas lançadas ou anunciadas ultimamente pelo Governo, como visando uma renovação profunda do Portugal a que chegámos.
Para já, vejo-as pelo menos como uma grande lufada de ar fresco numa atmosfera cheia da repetição de coisas no fundo bem velhas, muito gastas e de muito conhecidos resultados, em geral comprovadamente desastrosos ou sem efeitos que valham a pena.
Assim o Governo tenha os meios de dar-lhes continuidade e sequência e se mostre capaz de persistir e aprofundá-las, isto é, institucionalizando-as q.b.
Os governantes não devem nem podem deixar-se desanimar por ataques de tantos que não representam mais do que as experiências falhadas, as que precisamente prometem repetir, gostariam de repetir.
Uma parte importante do País põe expectativas muito favoráveis nas novas reformas.
Se resultarem bem, se começarem a resultar bem, graças a um profundo empenhamento nelas e noutras com o mesmo sentido mobilizador e renovador do País, será possível chegar ao tal ciclo de governação de dez anos, indispensável para o completo sucesso delas.
E o sucesso é sempre contagioso...
Mas os governantes não podem fraquejar e quem o P.M. achar que não corresponde, deve ser substituído prontamente, agora que o P.M. já teve as oportunidades bastantes para lhes tirar as provas dos noves, que o tempo já é pouco.
O P.M. tem jogado forte, deve continuar, sem hesitações.
Mas o senhor Primeiro-Ministro não precisa de conselhos, nem de incitamentos meus, ou que, seja quem for, lhe lembre o óbvio. E sobretudo não remodele simplesmente para amainar as oposições. Nada as satisfará.
Hoje falo do PRASD – Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos.
O nome diz tudo, no que respeita a ambições.
Primeiro, o programa identificou as áreas real ou potencialmente em declínio, através duma chamada equipa de missão que, depois, apurou as vocações, recursos e vantagens relativas de cada área, procurando diagnosticar também quais as “âncoras de desenvolvimento” respectivas e elaborando, em consequência, as recomendações estratégicas para cada área.
A Beira Interior, por exemplo, foi considerada uma das áreas deprimidas do País.
A sua população diminuiu de 1981 a 1991 e de 1991 a 2001, uns 7,1% e 2,8%, respectivamente, ficando com uma população cada vez mais envelhecida.
Mas há aí centros urbanos onde a população aumentou e o poder de compra também, aproximando-se cada vez mais da média nacional, como é o caso da Guarda, Covilhã, Castelo Branco e mesmo o do Fundão e Seia.
Recursos desta região: a posição transfronteiriça, em relação à Espanha, naturalmente, e à Europa também; o seu potencial turístico considerado muito elevado, incluindo turismo termal, histórico e religioso; as instituições de ensino superior e universitário na Covilhã, Castelo Branco, Guarda e Seia; o ambiente rico em diversidades de carácter morfológico e paisagístico e da fauna e flora; as possibilidades muito atractivos para o lazer e para a prática desportiva, incluindo desportos radicais e da neve; a riqueza de produtos e tradições artesanais; a abundância de oportunidades para a produção de energias renováveis, eólica em especial; a riqueza de recursos florestais e de possibilidades para o seu desenvolvimento e para a exploração intensiva do espaço florestal; e, apesar do relativo despovoamento, recursos humanos de grandes tradições e capacidades de trabalho.
A Beira Interior não é pobre.
Tem, sim, muitas potencialidades a desenvolver e aproveitar.
Como tirar proveito do PRASD – Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos?
A.C.R.
(continua num próximo post)
Etiquetas: Beira Interior, Conta-me como foi..., Ensino, Memórias das minhas Aldeias
2004/03/08
Um livro de Fernando Gil e Paulo Tunhas: "Impasses"
Controvérsia sobre a guerra no Iraque: sim ou não?
Muitos, para se convencerem ou voltarem a estar convencidos, precisaram de provas mais recentes...
Não assim o filósofo Fernando Gil que, com Paulo Tunhas, acaba de publicar o livro “Impasses”, onde os dois “tratam da controvérsia política sobre a guerra no Iraque”, como informa Eduardo Prado Coelho na sua habitual coluna diária, mesmo ao lado do artigo de José Pacheco Pereira.
Isto para E.P.C. introduzir a sua referência à conversa “interessantíssima” entre Fernando Gil e Maria João Avillez, no programa desta, na TV, “Outras Conversas”, a propósito do livro.
Diz E.P.C. na sua coluna, resumindo as ideias que Fernando Gil aí teria desenvolvido:
“Ponto essencial: Fernando Gil é daqueles que consideram (e nisso acompanho-o sem dificuldade) que o 11 de Setembro nos obriga a repensar quase tudo. Não os acontecimentos em si mesmos, que foram no seu horror a imagem do verdadeiro horror (embora a gente saiba tudo sobre as torres que caíram e nada saiba sobre a zona do Pentágono que foi atingida), mas aquilo que eles significam. E para Fernando Gil e Paulo Tunhas esse significado é evidente: trata-se de uma declaração de guerra do fundamentalismo islâmico contra os valores da civilização ocidental. Perante a dimensão do acontecimento, tudo o mais são pormenores. O que levou Maria João Avillez a quase envergonhadamente colocar o problema das armas de destruição maciça. Ao que Fernando Gil contrapôs que no próprio livro já se dizia que a sua existência ou inexistência era algo de secundário em relação à desmesura do que estava em jogo.
Aceitando o egoísmo feroz do capitalismo económico e algumas razões dos altermundialistas, Fernando Gil tem uma atitude de resignação pragmática: temos o capitalismo que temos, temos o projecto da Administração Bush, tudo isso é certamente criticável, mas, face ao inimigo que bate à nossa porta, não existe alternativa. Em tempo de guerra não se limpam armas, e o recurso a armas que se reconhecem sujas é a alternativa que nos resta. Tudo isto é afirmado com extrema convicção e exemplar boa-fé.”
Fim de citação.
Só falta a E.P.C., o conhecido cata-vento, dizer, preto no branco, que já aderiu à defesa da guerra no Iraque.
Mais umas centenas de mortos num ou dois atentados, e o conhecido E.P.C. vai lá. Os Poderes em que ele punha as suas esperanças e certezas devem estar para mudar de mãos...
Não se pense por isso que estou a aproximar Eduardo Prado Coelho e José Pacheco Pereira, neste caso, como se pudessem ser comparados, nem que fosse só neste caso.
Por amor de Deus! Não há comparação possível de José Pacheco Pereira com um cata-vento.
A.C.R.
Muitos, para se convencerem ou voltarem a estar convencidos, precisaram de provas mais recentes...
Não assim o filósofo Fernando Gil que, com Paulo Tunhas, acaba de publicar o livro “Impasses”, onde os dois “tratam da controvérsia política sobre a guerra no Iraque”, como informa Eduardo Prado Coelho na sua habitual coluna diária, mesmo ao lado do artigo de José Pacheco Pereira.
Isto para E.P.C. introduzir a sua referência à conversa “interessantíssima” entre Fernando Gil e Maria João Avillez, no programa desta, na TV, “Outras Conversas”, a propósito do livro.
Diz E.P.C. na sua coluna, resumindo as ideias que Fernando Gil aí teria desenvolvido:
“Ponto essencial: Fernando Gil é daqueles que consideram (e nisso acompanho-o sem dificuldade) que o 11 de Setembro nos obriga a repensar quase tudo. Não os acontecimentos em si mesmos, que foram no seu horror a imagem do verdadeiro horror (embora a gente saiba tudo sobre as torres que caíram e nada saiba sobre a zona do Pentágono que foi atingida), mas aquilo que eles significam. E para Fernando Gil e Paulo Tunhas esse significado é evidente: trata-se de uma declaração de guerra do fundamentalismo islâmico contra os valores da civilização ocidental. Perante a dimensão do acontecimento, tudo o mais são pormenores. O que levou Maria João Avillez a quase envergonhadamente colocar o problema das armas de destruição maciça. Ao que Fernando Gil contrapôs que no próprio livro já se dizia que a sua existência ou inexistência era algo de secundário em relação à desmesura do que estava em jogo.
Aceitando o egoísmo feroz do capitalismo económico e algumas razões dos altermundialistas, Fernando Gil tem uma atitude de resignação pragmática: temos o capitalismo que temos, temos o projecto da Administração Bush, tudo isso é certamente criticável, mas, face ao inimigo que bate à nossa porta, não existe alternativa. Em tempo de guerra não se limpam armas, e o recurso a armas que se reconhecem sujas é a alternativa que nos resta. Tudo isto é afirmado com extrema convicção e exemplar boa-fé.”
Fim de citação.
Só falta a E.P.C., o conhecido cata-vento, dizer, preto no branco, que já aderiu à defesa da guerra no Iraque.
Mais umas centenas de mortos num ou dois atentados, e o conhecido E.P.C. vai lá. Os Poderes em que ele punha as suas esperanças e certezas devem estar para mudar de mãos...
Não se pense por isso que estou a aproximar Eduardo Prado Coelho e José Pacheco Pereira, neste caso, como se pudessem ser comparados, nem que fosse só neste caso.
Por amor de Deus! Não há comparação possível de José Pacheco Pereira com um cata-vento.
A.C.R.
Etiquetas: Capitalismo