2004/03/08
Um livro de Fernando Gil e Paulo Tunhas: "Impasses"
Controvérsia sobre a guerra no Iraque: sim ou não?
Muitos, para se convencerem ou voltarem a estar convencidos, precisaram de provas mais recentes...
Não assim o filósofo Fernando Gil que, com Paulo Tunhas, acaba de publicar o livro “Impasses”, onde os dois “tratam da controvérsia política sobre a guerra no Iraque”, como informa Eduardo Prado Coelho na sua habitual coluna diária, mesmo ao lado do artigo de José Pacheco Pereira.
Isto para E.P.C. introduzir a sua referência à conversa “interessantíssima” entre Fernando Gil e Maria João Avillez, no programa desta, na TV, “Outras Conversas”, a propósito do livro.
Diz E.P.C. na sua coluna, resumindo as ideias que Fernando Gil aí teria desenvolvido:
“Ponto essencial: Fernando Gil é daqueles que consideram (e nisso acompanho-o sem dificuldade) que o 11 de Setembro nos obriga a repensar quase tudo. Não os acontecimentos em si mesmos, que foram no seu horror a imagem do verdadeiro horror (embora a gente saiba tudo sobre as torres que caíram e nada saiba sobre a zona do Pentágono que foi atingida), mas aquilo que eles significam. E para Fernando Gil e Paulo Tunhas esse significado é evidente: trata-se de uma declaração de guerra do fundamentalismo islâmico contra os valores da civilização ocidental. Perante a dimensão do acontecimento, tudo o mais são pormenores. O que levou Maria João Avillez a quase envergonhadamente colocar o problema das armas de destruição maciça. Ao que Fernando Gil contrapôs que no próprio livro já se dizia que a sua existência ou inexistência era algo de secundário em relação à desmesura do que estava em jogo.
Aceitando o egoísmo feroz do capitalismo económico e algumas razões dos altermundialistas, Fernando Gil tem uma atitude de resignação pragmática: temos o capitalismo que temos, temos o projecto da Administração Bush, tudo isso é certamente criticável, mas, face ao inimigo que bate à nossa porta, não existe alternativa. Em tempo de guerra não se limpam armas, e o recurso a armas que se reconhecem sujas é a alternativa que nos resta. Tudo isto é afirmado com extrema convicção e exemplar boa-fé.”
Fim de citação.
Só falta a E.P.C., o conhecido cata-vento, dizer, preto no branco, que já aderiu à defesa da guerra no Iraque.
Mais umas centenas de mortos num ou dois atentados, e o conhecido E.P.C. vai lá. Os Poderes em que ele punha as suas esperanças e certezas devem estar para mudar de mãos...
Não se pense por isso que estou a aproximar Eduardo Prado Coelho e José Pacheco Pereira, neste caso, como se pudessem ser comparados, nem que fosse só neste caso.
Por amor de Deus! Não há comparação possível de José Pacheco Pereira com um cata-vento.
A.C.R.
Muitos, para se convencerem ou voltarem a estar convencidos, precisaram de provas mais recentes...
Não assim o filósofo Fernando Gil que, com Paulo Tunhas, acaba de publicar o livro “Impasses”, onde os dois “tratam da controvérsia política sobre a guerra no Iraque”, como informa Eduardo Prado Coelho na sua habitual coluna diária, mesmo ao lado do artigo de José Pacheco Pereira.
Isto para E.P.C. introduzir a sua referência à conversa “interessantíssima” entre Fernando Gil e Maria João Avillez, no programa desta, na TV, “Outras Conversas”, a propósito do livro.
Diz E.P.C. na sua coluna, resumindo as ideias que Fernando Gil aí teria desenvolvido:
“Ponto essencial: Fernando Gil é daqueles que consideram (e nisso acompanho-o sem dificuldade) que o 11 de Setembro nos obriga a repensar quase tudo. Não os acontecimentos em si mesmos, que foram no seu horror a imagem do verdadeiro horror (embora a gente saiba tudo sobre as torres que caíram e nada saiba sobre a zona do Pentágono que foi atingida), mas aquilo que eles significam. E para Fernando Gil e Paulo Tunhas esse significado é evidente: trata-se de uma declaração de guerra do fundamentalismo islâmico contra os valores da civilização ocidental. Perante a dimensão do acontecimento, tudo o mais são pormenores. O que levou Maria João Avillez a quase envergonhadamente colocar o problema das armas de destruição maciça. Ao que Fernando Gil contrapôs que no próprio livro já se dizia que a sua existência ou inexistência era algo de secundário em relação à desmesura do que estava em jogo.
Aceitando o egoísmo feroz do capitalismo económico e algumas razões dos altermundialistas, Fernando Gil tem uma atitude de resignação pragmática: temos o capitalismo que temos, temos o projecto da Administração Bush, tudo isso é certamente criticável, mas, face ao inimigo que bate à nossa porta, não existe alternativa. Em tempo de guerra não se limpam armas, e o recurso a armas que se reconhecem sujas é a alternativa que nos resta. Tudo isto é afirmado com extrema convicção e exemplar boa-fé.”
Fim de citação.
Só falta a E.P.C., o conhecido cata-vento, dizer, preto no branco, que já aderiu à defesa da guerra no Iraque.
Mais umas centenas de mortos num ou dois atentados, e o conhecido E.P.C. vai lá. Os Poderes em que ele punha as suas esperanças e certezas devem estar para mudar de mãos...
Não se pense por isso que estou a aproximar Eduardo Prado Coelho e José Pacheco Pereira, neste caso, como se pudessem ser comparados, nem que fosse só neste caso.
Por amor de Deus! Não há comparação possível de José Pacheco Pereira com um cata-vento.
A.C.R.
Etiquetas: Capitalismo