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2004/03/04

TESTES PARA O NOVO NACIONALISMO - Revolução através da Arte de Governar (III) 

(continuação do post de 2004/03/03)

A Revolução não tem que ser destrutiva; em Portugal pode ser e tem de ser construtiva.

Uma Revolução na ordem?

Seria impossível!

Porque o que aí tem estado, salvo pequenos intervalos e salvo reacções esporádicas, sem condições para durarem, é a desordem permanente, a anarquia dos caprichos de cada um e de todos; não a anarquia em que se adivinhe um fim e um propósito reconstrutivo, mas a anarquia pura e simples, que não sabe senão alimentar-se a si própria, porque perdeu toda a capacidade de lançar amarras no que ainda reste de sólido, seguro e profundo nas realidades portuguesas.

Donde nos vêm essas realidades, de que sobrevivem?

De mil anos de História nacional, que não podemos nem queremos renegar.

Por isso vemos, com o melhor dos olhares e uma grande expectativa, o reforço do municipalismo que está a erguer-se e consolidar-se em Portugal, sob os nossos olhos, quase em silêncio, mas aparentemente com grande solidez e como a verdadeira e resplandecente Aurora dum novo renascimento.

A nossa Fé e o nosso conhecimento da História nacional dão-nos a convicção de não estarmos a ser enganados, nem a querer transformar meras miragens em realidades radiosas.

As responsabilidades dos municípios portugueses passam a ser muito maiores, a partir da concretização, em curso, das aberturas oferecidas pela recente legislação sobre a sua liberdade de agregação e associação nas novas áreas administrativas municipais, que estão a ser criadas.

É que passa a caber-lhes, a partir de agora, aos municípios e suas associações, uma grande parte da missão e responsabilidades de manter o Portugal integrado na União Europeia como uma realidade consolidada, renovada, indestrutível e autónoma, em termos modernos e actualizados.

Que maior glória que essa?

Sabe-se bem que as realidades do dia-a-dia dum município ou duma associação de municípios nada têm nem terão de aparentemente glorioso ou empolgante.

São coisas aparentemente mesquinhas e sem interesse para os homens e mulheres de “grande visão”, de “vistas largas”, permanentemente mergulhados na “superioridade” e “globalidade” dos seus horizontes.

(Que tantas vezes traduzem a sua incapacidade para o concreto.)

Mas foi também a esse nível que também se fez Portugal — no dia-a-dia das “pequenas” ambições, dos “pequenos” confrontos, dos “pequenos” projectos, das “pequenas” rivalidades e ambições, em suma, ao nível dos actos de lucidez e heroísmo de muita “pequena” gente.

Portugal vai ficar enormemente fortalecido nas suas raízes pela nova força que o Governo quer dar aos municípios e, pela primeira vez, às suas associações agora firmemente e generalizadamente institucionalizadas.

Os novos Nacionalistas estamos particularmente preparados e destinados a compreender o reforço que elas trazem à Nação e ao nacionalismo.

Também a esse nível local nós devemos realizar e aplicar o novo nacionalismo, agora completamente e definitivamente despido de visões restauracionistas, desfiguradoras e empobrecedoras.

Contem connosco.

Abaixo a regionalização!

Viva o Municipalismo!

A.C.R.

(continua num próximo post)

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