2004/10/21
Outras guerras além Iraque (II)
(continuação)
Para além da ideologia e de um verdadeiro batalhão de ONG’s para a implantar, a ONU construiu também as regras do jogo a nível mundial, o que designou como ética planetária, aplicável a todos sem excepção, superadora das éticas e religiões monoteístas, cujos princípios se podem admitir apenas no âmbito da consciência individual, sem possibilidade de expressão externa ou de se tornarem referência legislativa.
Toda esta ideologia e sua ética resultaram do chamado “novo consenso mundial”, concluído em 1997, ao que se seguiu o início do mandato de Kofi Annan e a consequente reforma da ONU, cujo objectivo foi conseguir que o sistema onusiano falasse a uma só voz.
A ONU, que ao princípio dos anos 90 deixou as empresas de fora do “novo paradigma” mundial, optou, posteriormente, por as tentar integrar no seu esquema através do “partenariado”, fazendo jus ao sábio pensamento de que é melhor ter o inimigo por perto e “debaixo de olho” do que longe e por aí à solta.
Ou seja, a ONU respondeu à globalização económica triunfante, com a queda do socialismo “científico”, com uma globalização ideológica e política – socialista – cheia de esperança na teoria de Schumpeter de que o capitalismo falha na medida em que produz a classe intelectual que cria a moderna sociedade do estado regulador.
Para se ter uma ideia mais exacta do papel das muitas ONG’s que colaboram com a ONU, basta constatar que junto dos delegados das 185 nações soberanas à Assembleia Geral da ONU trabalham cerca de 500 ONG’s que influenciam realmente o voto desses representantes das mais variadas formas: só não podem é votar. Outras 3.000 ONG’s têm o estatuto de “consultoras” da ONU.
Ao contrário do que, equivocadamente, alguns afirmam, a resposta da ONU e das suas ONG’s à globalização económica não foi a anti-globalização, embora persistam em designá-la desse modo. Foi muito pior: uma globalização ideológica – socialista – que visa, silenciosamente, a modo de logro, desmantelar as estruturas clássicas da sociedade e paralisar a maioria, criando o pensamento único que as põe ao serviço de uma minoria.
Manuel Brás
(continua)
Toda esta ideologia e sua ética resultaram do chamado “novo consenso mundial”, concluído em 1997, ao que se seguiu o início do mandato de Kofi Annan e a consequente reforma da ONU, cujo objectivo foi conseguir que o sistema onusiano falasse a uma só voz.
A ONU, que ao princípio dos anos 90 deixou as empresas de fora do “novo paradigma” mundial, optou, posteriormente, por as tentar integrar no seu esquema através do “partenariado”, fazendo jus ao sábio pensamento de que é melhor ter o inimigo por perto e “debaixo de olho” do que longe e por aí à solta.
Ou seja, a ONU respondeu à globalização económica triunfante, com a queda do socialismo “científico”, com uma globalização ideológica e política – socialista – cheia de esperança na teoria de Schumpeter de que o capitalismo falha na medida em que produz a classe intelectual que cria a moderna sociedade do estado regulador.
Para se ter uma ideia mais exacta do papel das muitas ONG’s que colaboram com a ONU, basta constatar que junto dos delegados das 185 nações soberanas à Assembleia Geral da ONU trabalham cerca de 500 ONG’s que influenciam realmente o voto desses representantes das mais variadas formas: só não podem é votar. Outras 3.000 ONG’s têm o estatuto de “consultoras” da ONU.
Ao contrário do que, equivocadamente, alguns afirmam, a resposta da ONU e das suas ONG’s à globalização económica não foi a anti-globalização, embora persistam em designá-la desse modo. Foi muito pior: uma globalização ideológica – socialista – que visa, silenciosamente, a modo de logro, desmantelar as estruturas clássicas da sociedade e paralisar a maioria, criando o pensamento único que as põe ao serviço de uma minoria.
Manuel Brás
(continua)
Etiquetas: A ideologia onusiana, Capitalismo, Manuel Brás, socialismo