2004/04/30
Quarenta e tais perguntas aos Nacionalistas
(continuação)
Tantas são as últimas que apresentei, somando-lhes as cinco que já tinha apresentado ao Nova Frente.
Hoje dou a minha resposta à seguinte, que pode, à primeira vista, parecer deslocada, no conjunto das restantes, mas não é:
"Pode ou não um nacionalista católico português aceitar que as paróquias nacionais venham um dia a ser maioritariamente geridas por sacerdotes estrangeiros?"
Para quem acompanhe a vida da Igreja em Portugal, é fácil perceber que não se trata duma questão ociosa nem de ficção social ou religiosa, mas sim correspondendo a um problema candente do dia a dia da Igreja portuguesa, na antiga Metrópole.
Os efectivos em sacerdotes vão satisfazendo cada dia menos às necessidades dos fiéis, devido à insuficiente cobertura de novos sacerdotes para as vagas deixadas pela reforma ou morte dos mais antigos.
Conheço sacerdotes que têm a seu cargo cinco paróquias no Interior do país, agravado o facto por se tratar em geral de sacerdotes já, por sua vez, com mais de sessenta anos e mesmo mais de setenta.
As experiências ensaiadas de entregar um número assim, ou mesmo maior, de paróquias a equipas de dois ou três sacerdotes, residindo em comum, numa delas, mostram-se promissoras mas não vão crescer ainda quanto necessário.
São, pois, soluções que não resolverão o problema por inteiro, pois que as necessidades dos fiéis crescem mais rapidamente que o número dos novos ordenados.
Para muitos, a ordenação de mulheres é que resolveria o problema.
Por razões respeitáveis, ainda que não totalmente convincentes, a Igreja continua a não querer ir por aí.
E a Igreja é uma instituição fundamental e crucial do Portugal que nos foi legado e queremos transmitir às gerações seguintes.
Garantir os seus fundamentos, parece-me ser também uma exigência da nossa visão nacionalista das coisas.
Como nacionalista e português, adiro plenamente à vinda de sacerdotes católicos de qualquer nacionalidade e etnia para preencherem as vagas que a Igreja não consiga preencher com sacerdotes ou auxiliares portugueses.
Ao longo de séculos Portugal "sangrou-se" em religiosos aqui nascidos para levarmos o Cristianismo ao Mundo inteiro.
Virão agora desses Países — dos que cristianizámos e dos que foram por outras nacionalidades cristianizados — os sacerdotes que nos fazem falta.
Assim os nossos Bispos o entendam e promovam.
Também a Nova Evangelização o aconselha.
Pois que sejam muito benvindos!
A.C.R.
(continua)
Tantas são as últimas que apresentei, somando-lhes as cinco que já tinha apresentado ao Nova Frente.
Hoje dou a minha resposta à seguinte, que pode, à primeira vista, parecer deslocada, no conjunto das restantes, mas não é:
"Pode ou não um nacionalista católico português aceitar que as paróquias nacionais venham um dia a ser maioritariamente geridas por sacerdotes estrangeiros?"
Para quem acompanhe a vida da Igreja em Portugal, é fácil perceber que não se trata duma questão ociosa nem de ficção social ou religiosa, mas sim correspondendo a um problema candente do dia a dia da Igreja portuguesa, na antiga Metrópole.
Os efectivos em sacerdotes vão satisfazendo cada dia menos às necessidades dos fiéis, devido à insuficiente cobertura de novos sacerdotes para as vagas deixadas pela reforma ou morte dos mais antigos.
Conheço sacerdotes que têm a seu cargo cinco paróquias no Interior do país, agravado o facto por se tratar em geral de sacerdotes já, por sua vez, com mais de sessenta anos e mesmo mais de setenta.
As experiências ensaiadas de entregar um número assim, ou mesmo maior, de paróquias a equipas de dois ou três sacerdotes, residindo em comum, numa delas, mostram-se promissoras mas não vão crescer ainda quanto necessário.
São, pois, soluções que não resolverão o problema por inteiro, pois que as necessidades dos fiéis crescem mais rapidamente que o número dos novos ordenados.
Para muitos, a ordenação de mulheres é que resolveria o problema.
Por razões respeitáveis, ainda que não totalmente convincentes, a Igreja continua a não querer ir por aí.
E a Igreja é uma instituição fundamental e crucial do Portugal que nos foi legado e queremos transmitir às gerações seguintes.
Garantir os seus fundamentos, parece-me ser também uma exigência da nossa visão nacionalista das coisas.
Como nacionalista e português, adiro plenamente à vinda de sacerdotes católicos de qualquer nacionalidade e etnia para preencherem as vagas que a Igreja não consiga preencher com sacerdotes ou auxiliares portugueses.
Ao longo de séculos Portugal "sangrou-se" em religiosos aqui nascidos para levarmos o Cristianismo ao Mundo inteiro.
Virão agora desses Países — dos que cristianizámos e dos que foram por outras nacionalidades cristianizados — os sacerdotes que nos fazem falta.
Assim os nossos Bispos o entendam e promovam.
Também a Nova Evangelização o aconselha.
Pois que sejam muito benvindos!
A.C.R.
(continua)