2012/07/25
A crise e o dióxido de carbono
Um recente relatório sobre a evolução das emissões de CO2 emanado pela Comissão Europeia dá conta das tendências dos últimos anos nos países mais industrializados, bem como nos chamados países com economias emergentes, que é como quem diz países em crescendo de industrialização.
E o que se verifica é uma coisa espantosa: os países "desenvolvidos" do ocidente, EUA e União Europeia, desde 2008 que registam reduções das emissões de CO2 (cerca de 3%), enquanto a China, que é já o maior emissor em termos absolutos, a Índia, a Rússia, o Brasil, a Austrália e o México, registam aumentos dessas emissões nos últimos anos.
A razão apontada para a queda das emissões nos países ocidentais foi a crise desencadeada em 2008. Não há nada como a crise para reduzir as emissões de CO2. Os melancias estão calados, ou até a fazer teatro barafustando contra a crise, mas lá por dentro devem estar radiantes com os efeitos da crise.
É que a crise já fez mais pela redução das emissões de CO2 nos países "ricos" (que são aqueles que produzem o mau CO2; o CO2 chinês é que é bom) do que mil Protocolos de Quioto.
http://ec.europa.eu/dgs/jrc/index.cfm?id=1410&obj_id=15150&dt_code=NWS&lang=en&ori=MOR
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