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2011/08/04

Juntando cacos 

O caso Breiwik, pela sua ostensiva brutalidade, veio acordar a Europa para um estado cultural em que caíu e a que se habituou, pensando que não teria consequências. No entanto, outros sintomas da doença europeia, mais numerosos, mas menos vistosos, não têm deixado de marcar presença no velho continente.

E essa doença, podemos identificá-la como uma cultura de morte (sem aspas). Na Europa, de formas mais ou menos veladas, geralmente habilidosas, têm vindo a ganhar terreno posições políticas que advogam o recurso arbitrário à morte de inocentes com o alibi de evitar o sofrimento. Ao fim de várias décadas após ter sido palco quase exclusivo dos dois conflitos de maior mortandade do mundo, a Europa continua a cultivar esquemas de morte.

O caso Breiwik é mais um expoente particularmente intenso, um pico, dessa cultura e enquadra-se dentro do esquema geral da cultura europeia hodierna.

Os europeus pensam, em geral, que, se as barbaridades, muitas vezes disfarçadas de compaixão, não forem dirigidas contra os que são saudáveis e “desejados”, não têm mal nenhum. Na pior das hipóteses, serão um mal menor. Mas esquecem-se que essa “moral” abre a porta à arbitrariedade, seja o aborto, seja a eutanásia, e outras que surgirão nesse caldo. Essa moral podre tem coisas como estas: se alguém fizer vigília de oração à porta da clínica da D. Yolanda, é fanatismo; os abortos que lá se fazem são exercício do direito de escolha.

É por estas e por outras que não nos podemos espantar do caso Breiwik. Uma sociedade que aceita matar os seus próprios filhos e os seus doentes terminais, não se pode espantar que estas coisas aconteçam.

Afinal de contas, é tudo morte.

manuelbras@portugalmail.pt

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