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2009/11/15

Democracia, Referendos e Profecias 

Manuel Brás

Um dos “case-studies” mais apetitosos para os politólogos é a relação entre os sistemas ditos democráticos e os referendos que se vão realizando aqui e ali. Outro seria a relação entre a política e os media, mas disso é melhor nem falar.

Todos nós conhecemos a história dos referendos, sobre diversas matérias, em Portugal e noutros países relativamente próximos como a Irlanda, a França, a Holanda ou a Dinamarca.

O que não sabemos, porque não foi, ou quase não foi, notícia – certamente por esquecimento devido ao muito que há para fazer – nos media em Portugal, é que no dia 3 de Novembro, na América, a par de eleições para governadores nos estados de Virgínia e New Jersey, em que os candidatos de Obama foram derrotados, no estado de Maine houve um referendo que chumbou a equiparação das uniões do mesmo sexo ao casamento, com a particularidade de ter sido o 31º referendo sobre este assunto e sempre com o mesmo resultado, em estados americanos. Ou seja, nunca houve um referendo sobre este tema em que o eleitorado sufragasse a ideia de que uniões do mesmo sexo dão casamento. Um verdadeiro 31.

Perante esta conjuntura, impõem-se três profecias, bem mais fáceis de fazer que as previsões do clima para o fim do século (com modelos computacionais e tudo):

• Como não há 31 sem 32, irá haver um 32º referendo na América para tentar equiparar as uniões do mesmo sexo ao casamento
• Como há sempre 2 sem 3, não haverá um 3º referendo em Portugal sobre o aborto, nem haverá um 3º referendo na Irlanda sobre o Tratado de Lisboa

manuelbras@portugalmail.pt

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