2009/10/13
Aos assustados
Manuel Brás
Os termos nacionalismo e nacionalista ainda hoje continuam a assustar.
São, indubitavelmente, termos ambíguos, no sentido de que os seus significados não são os mesmos para todos, podendo até ter significados contrários.
É um caso análogo aos termos liberalismo e liberal. Veja-se como liberal na América significa socialista/esquerdista. Na Europa também é quase assim. Porém, o termo conservador na América designa alguém que perfilha os princípios do liberalismo clássico.
É que, basta que um blogue contenha os vocábulos nacional ou nacionalista para que algumas pessoas, sem mais raciocínio e discernimento, se assustem de imediato, façam queixinhas e demonizem pelas costas, quando antes nunca tiveram a coragem de o fazer pela frente. Como se as Nações não existissem... E depois vêm falar de tolerância...
Mas, pela parte que me toca, não há razão para sustos, porque eu não tenho medo de explicar o que entendo por nacionalismo. Até porque a reflexão e a partilha de ideias políticas nunca fez mal a ninguém.
Assim como uma determinada visão do Homem pode gerar um humanismo, uma determinada visão da sociedade ou do Estado pode gerar o socialismo, a teorização da Nação designa-se nacionalismo. Porque as Nações existem e constituem um valor político, é possível teorizar sobre elas, ou melhor, é impossível deixar de teorizar sobre elas. Noutras palavras, o nacionalismo também pode ser entendido como uma ética para a qual a Nação é considerada o valor supremo na ordem política. E sublinho na ordem política, porque considero que a ordem política não é tudo, nem é fechada, e não abrange tudo, conforme pretendem as tendências totalitárias. Não é a ordem política que define a natureza do homem, nem dos grupos sociais e não está acima da ética: aceita-os e trabalha consequentemente em prol do comum e da unidade.
Por conseguinte, é possível conceber a Nação como valor supremo na ordem política, limitada em termos éticos ou morais pela natureza humana, que é dizer, pela lei natural.
Só isso.
manuelbras@portugalmail.pt
Os termos nacionalismo e nacionalista ainda hoje continuam a assustar.
São, indubitavelmente, termos ambíguos, no sentido de que os seus significados não são os mesmos para todos, podendo até ter significados contrários.
É um caso análogo aos termos liberalismo e liberal. Veja-se como liberal na América significa socialista/esquerdista. Na Europa também é quase assim. Porém, o termo conservador na América designa alguém que perfilha os princípios do liberalismo clássico.
É que, basta que um blogue contenha os vocábulos nacional ou nacionalista para que algumas pessoas, sem mais raciocínio e discernimento, se assustem de imediato, façam queixinhas e demonizem pelas costas, quando antes nunca tiveram a coragem de o fazer pela frente. Como se as Nações não existissem... E depois vêm falar de tolerância...
Mas, pela parte que me toca, não há razão para sustos, porque eu não tenho medo de explicar o que entendo por nacionalismo. Até porque a reflexão e a partilha de ideias políticas nunca fez mal a ninguém.
Assim como uma determinada visão do Homem pode gerar um humanismo, uma determinada visão da sociedade ou do Estado pode gerar o socialismo, a teorização da Nação designa-se nacionalismo. Porque as Nações existem e constituem um valor político, é possível teorizar sobre elas, ou melhor, é impossível deixar de teorizar sobre elas. Noutras palavras, o nacionalismo também pode ser entendido como uma ética para a qual a Nação é considerada o valor supremo na ordem política. E sublinho na ordem política, porque considero que a ordem política não é tudo, nem é fechada, e não abrange tudo, conforme pretendem as tendências totalitárias. Não é a ordem política que define a natureza do homem, nem dos grupos sociais e não está acima da ética: aceita-os e trabalha consequentemente em prol do comum e da unidade.
Por conseguinte, é possível conceber a Nação como valor supremo na ordem política, limitada em termos éticos ou morais pela natureza humana, que é dizer, pela lei natural.
Só isso.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Balanço do Nacionalismo Português Actual, II Congresso Nacionalista Português, Manuel Brás, socialismo, Um Nacionalismo Novo