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2009/07/08

E o Chavez, pá? 

Manuel Brás

A imprensa “internacional” anda aflita com o golpe nas Honduras e a esquerda também.

Duvido que o consumidor de notícias global perceba porque sucedeu o golpe: para evitar uma emenda à constituição do país que permitia alterar as regras do jogo democrático de modo a perpetuar Zelaya no poder por mais um mandato. Pelo menos. Depois, até podia ser que ele gostasse e fizesse outro referendo para ir a mais outro mandato, e por aí fora.

Ou seja, ele está a aprender com o Chavez, Castros e companhia.

O golpe – a sua detenção e saída do país – deu-se por ordem do Supremo Tribunal e foi para evitar que um outro golpe administrativo transformasse Zelaya no Chavez das Honduras.

O engraçado é que, quando o golpe é ao contrário, todos acham muito democrático, como sucede com os Chavez, os Castros, os Ahmadis, etc.

A tal “comunidade internacional”, que agora aperta o cerco às Honduras, nunca se lembrou de condenar com a mesma veemência a violência dos regimes de Chavez, dos Castros, dos Ahmadis, do Hezbollah ou do Hamas. Isso, obviamente, não se percebe na imprensa. Esses, sempre têm justificação aos olhos da “comunidade internacional”.

E mais engraçado ainda é que começaram por acusar os EUA de estarem por trás do golpe e agora vêm pedir ajuda.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/07/07/zelaya-pedira-hillary-atuacao-dos-eua-na-crise-de-honduras-756687138.asp


http://www.theweeklystandard.com/Content/Public/Articles/000/000/016/678eepbj.as
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manuelbras@portugalmail.pt

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