2009/01/08
O militar e o político
Manuel Brás
Têm razão aqueles que afirmam, a propósito do desfecho da intervenção militar de Israel contra o Hamas em Gaza, que se Israel quiser de facto desmantelar o Hamas, tal não sucederá apenas pela via militar, mas os avanços militares, e mesmo uma vitória militar de Israel, terão de ser acompanhados de uma solução política alternativa.
Isto é, de nada serviria uma vitória militar de Israel sobre o Hamas, se depois de consumado esse desígnio não existisse alternativa política ao Hamas em Gaza, pois esse movimento, criado e apoiado pelo Irão, terá condições para se refazer se não for derrotado politicamente.
Assim, a bem de um futuro de paz para israelitas e palestinianos, é imperioso que o movimento Al Fatah, do Presidente Mahmoud Abbas, crie raízes em Gaza e surja aos olhos dos palestinianos como a solução política adequada e a alternativa credível para um futuro de paz com Israel.
De nada serve um cessar-fogo para voltar tudo ao mesmo.
Pouco a pouco começa a desenhar-se um conjunto de novas condições e circunstâncias irreversíveis que permitirá a Israel sentar-se à mesa das negociações numa outra posição, mais reforçada.
Oxalá a Fatah e todos aqueles que pugnam por um fim das hostilidades tão breve quanto possível não percam a oportunidade de apear o Hamas do poder político em Gaza e de dar ao conflito militar o desfecho político imprescindível.
Uma verdadeira vitória não pode ser apenas militar, também tem que ser política.
E nós, portugueses, bem sabemos por experiência própria que é assim.
manuelbras@portugalmail.pt
Têm razão aqueles que afirmam, a propósito do desfecho da intervenção militar de Israel contra o Hamas em Gaza, que se Israel quiser de facto desmantelar o Hamas, tal não sucederá apenas pela via militar, mas os avanços militares, e mesmo uma vitória militar de Israel, terão de ser acompanhados de uma solução política alternativa.
Isto é, de nada serviria uma vitória militar de Israel sobre o Hamas, se depois de consumado esse desígnio não existisse alternativa política ao Hamas em Gaza, pois esse movimento, criado e apoiado pelo Irão, terá condições para se refazer se não for derrotado politicamente.
Assim, a bem de um futuro de paz para israelitas e palestinianos, é imperioso que o movimento Al Fatah, do Presidente Mahmoud Abbas, crie raízes em Gaza e surja aos olhos dos palestinianos como a solução política adequada e a alternativa credível para um futuro de paz com Israel.
De nada serve um cessar-fogo para voltar tudo ao mesmo.
Pouco a pouco começa a desenhar-se um conjunto de novas condições e circunstâncias irreversíveis que permitirá a Israel sentar-se à mesa das negociações numa outra posição, mais reforçada.
Oxalá a Fatah e todos aqueles que pugnam por um fim das hostilidades tão breve quanto possível não percam a oportunidade de apear o Hamas do poder político em Gaza e de dar ao conflito militar o desfecho político imprescindível.
Uma verdadeira vitória não pode ser apenas militar, também tem que ser política.
E nós, portugueses, bem sabemos por experiência própria que é assim.
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Em defesa do Ocidente, Manuel Brás