2008/08/15
Tremendo Paralelismo
Manuel Brás
É aquele que se pode encontrar entre o caso Ossétia do Sul – que opõe, também militarmente, os interesses da Geórgia e da Rússia – e o Kosovo.
É a Rússia a vingar os foros perdidos no Kosovo, sua antiga zona de influência política.
E, ao que consta, tal paralelismo que, em ambos os casos, se encerram maiorias populacionais com origem cultural, política e, até, etnicamente diversa do território em que se encontram.
Uma espécie de Olivença, mutatis mutandis.
Como lidar, politicamente, com casos destes?
São casos de difícil resolução, que exigem prudência e um clima de respeito entre maioria e minoria. Pode haver várias soluções para o conflito, mas é de temer que as aparentemente mais rápidas, sejam as piores e se tornem as mais demoradas. É necessário tempo para assentar a poeira e georgianos e ossetianos chegarem a uma solução pacífica, dentre várias possíveis.
Como sucede em geral, na política, o caso não está isolado de interesses e estratégias dos seus intervenientes.
Ao imprudente ataque georgiano, dentro do seu território, saíu a Rússia em defesa da maioria ossetiana que lhe é cultural e politicamente próxima em território georgiano.
Depois da retirada das suas tropas, pretenderá a Rússia o regresso à normalidade, ou algo mais?
Conseguirá a Rússia depôr o Presidente Saakachvili, legitimamente eleito com 52% dos votos, e instalar um governo pró-russo?
Conseguirá a Rússia apropriar-se dos "pipelines" de "fuel" e gás que saem da Geórgia para o Ocidente?
Conseguirá a Rússia intimidar a Geórgia e a Ucrânia nas suas determinações soberanas de adesão à NATO?
Conseguirá a Rússia voltar a dominar politicamente os países satélites?
Conseguirá a Rússia reconstituir a URSS?
manuelbras@portugalmail.pt
É aquele que se pode encontrar entre o caso Ossétia do Sul – que opõe, também militarmente, os interesses da Geórgia e da Rússia – e o Kosovo.
É a Rússia a vingar os foros perdidos no Kosovo, sua antiga zona de influência política.
E, ao que consta, tal paralelismo que, em ambos os casos, se encerram maiorias populacionais com origem cultural, política e, até, etnicamente diversa do território em que se encontram.
Uma espécie de Olivença, mutatis mutandis.
Como lidar, politicamente, com casos destes?
São casos de difícil resolução, que exigem prudência e um clima de respeito entre maioria e minoria. Pode haver várias soluções para o conflito, mas é de temer que as aparentemente mais rápidas, sejam as piores e se tornem as mais demoradas. É necessário tempo para assentar a poeira e georgianos e ossetianos chegarem a uma solução pacífica, dentre várias possíveis.
Como sucede em geral, na política, o caso não está isolado de interesses e estratégias dos seus intervenientes.
Ao imprudente ataque georgiano, dentro do seu território, saíu a Rússia em defesa da maioria ossetiana que lhe é cultural e politicamente próxima em território georgiano.
Depois da retirada das suas tropas, pretenderá a Rússia o regresso à normalidade, ou algo mais?
Conseguirá a Rússia depôr o Presidente Saakachvili, legitimamente eleito com 52% dos votos, e instalar um governo pró-russo?
Conseguirá a Rússia apropriar-se dos "pipelines" de "fuel" e gás que saem da Geórgia para o Ocidente?
Conseguirá a Rússia intimidar a Geórgia e a Ucrânia nas suas determinações soberanas de adesão à NATO?
Conseguirá a Rússia voltar a dominar politicamente os países satélites?
Conseguirá a Rússia reconstituir a URSS?
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Em defesa do Ocidente, Manuel Brás
