2008/07/25
Contra-corrente
O Dr. Vítor Constâncio teve a ousadia de propôr que se discutisse a possibilidade de utilizar a energia nuclear em Portugal, para produzir electricidade.
O atrevimento valeu-lhe umas colheradas valentes nas unhas – como se diz na gíria académica – das mais ilustres bancadas parlamentares e até o governo, apanhado com “as calças na mão”, não achou grande piada, avesso que é ao assunto, fez saber pelo ministro do Ambiente que se trata da opinião do Dr. Vítor Constâncio enquanto cidadão e não enquanto governador do Banco de Portugal (BdP). Aliás, até este esclarecimento ministerial ninguém tinha percebido isso, pois como se sabe faz parte das funções de governador do BdP falar imenso sobre as potencialidades da energia nuclear. Pela parte do governo o Dr. Vítor Constâncio, por esta, está perdoado.
É claro que se o Dr. Vítor Constâncio se pronunciasse contra a energia nuclear ninguém lhe pediria qualquer testemunho de competência para o efeito. O governador do BdP tem sempre competência para falar contra a energia nuclear. A favor é que não.
Mas houve quem visse nesta extemporânea intervenção a tentativa de lançar um debate na opinião pública para desviar a atenção da crise. Talvez. Mas, então o que havemos de pensar de todo o folclore à volta dos “casamentos” gay, dentro e fora da AR?
Este é um momento histórico em que se põe, mais do que nunca, à prova quem realmente quer, e não quer, uma maior independência dos combustíveis fósseis, quem quer, e não quer, reduzir as emissões de CO2.
Em Portugal já se atingiu a quota máxima de produção de electricidade com aerogeradores. Dizem que querem reduzir o consumo de combustíveis fósseis, mas consideram que a energia nuclear não presta porque deixa resíduos e é perigosa, as barragens também não porque têm impacte ambiental, os biocombustíveis ainda menos porque encarecem os cereais e outros alimentos... E, sem grande esforço, encontrarão terríveis inconvenientes na energia eólica.
Afinal os que dizer querer reduzir a combustão de fósseis, não querem.
Ainda um dia destes havemos de ver os ambientalistas recomendar os combustíveis fósseis, especialmmente o petróleo.
O tal de quem há 40 anos se diz que só existe para mais 40 anos.
E no Brasil se descobriram nos últimos meses 40.000 milhões de barris
manuelbras@portugalmail.pt
O atrevimento valeu-lhe umas colheradas valentes nas unhas – como se diz na gíria académica – das mais ilustres bancadas parlamentares e até o governo, apanhado com “as calças na mão”, não achou grande piada, avesso que é ao assunto, fez saber pelo ministro do Ambiente que se trata da opinião do Dr. Vítor Constâncio enquanto cidadão e não enquanto governador do Banco de Portugal (BdP). Aliás, até este esclarecimento ministerial ninguém tinha percebido isso, pois como se sabe faz parte das funções de governador do BdP falar imenso sobre as potencialidades da energia nuclear. Pela parte do governo o Dr. Vítor Constâncio, por esta, está perdoado.
É claro que se o Dr. Vítor Constâncio se pronunciasse contra a energia nuclear ninguém lhe pediria qualquer testemunho de competência para o efeito. O governador do BdP tem sempre competência para falar contra a energia nuclear. A favor é que não.
Mas houve quem visse nesta extemporânea intervenção a tentativa de lançar um debate na opinião pública para desviar a atenção da crise. Talvez. Mas, então o que havemos de pensar de todo o folclore à volta dos “casamentos” gay, dentro e fora da AR?
Este é um momento histórico em que se põe, mais do que nunca, à prova quem realmente quer, e não quer, uma maior independência dos combustíveis fósseis, quem quer, e não quer, reduzir as emissões de CO2.
Em Portugal já se atingiu a quota máxima de produção de electricidade com aerogeradores. Dizem que querem reduzir o consumo de combustíveis fósseis, mas consideram que a energia nuclear não presta porque deixa resíduos e é perigosa, as barragens também não porque têm impacte ambiental, os biocombustíveis ainda menos porque encarecem os cereais e outros alimentos... E, sem grande esforço, encontrarão terríveis inconvenientes na energia eólica.
Afinal os que dizer querer reduzir a combustão de fósseis, não querem.
Ainda um dia destes havemos de ver os ambientalistas recomendar os combustíveis fósseis, especialmmente o petróleo.
O tal de quem há 40 anos se diz que só existe para mais 40 anos.
E no Brasil se descobriram nos últimos meses 40.000 milhões de barris
manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas: Ambiente, Manuel Brás