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2006/07/27

Mão-cheia de opiniões lidas sobre a guerra no Líbano,
entre Israel, dum lado, e a Síria, o Irão, o Hamas e o Hezbollah do outro. 

“Novo reactor do Paquistão pode produzir dezenas de bombas atómicas” – título do Público pg. 15, em 25/07.

“Exército israelita aprofunda incursão e sofre várias baixas” – idem, idem, pg. 4, idem.

“Em Portugal (…) o ódio a Israel tem muitas causas. O ódio ao povo perde-se na noite do tempo. O ódio ao estado começou há 60 anos. Há nisto muito de ignorância e futilidade. Mas nem toda a gente é ignorante ou anti-semita.” – Eduardo Pitta, blogue
“Da Literatura”, em 23/07.

“Israel subestimou a capacidade de combate do Hezbollah” – Pascal Boniface, professor universitário francês, ao
Público pg. 5, em 24/07.

“(…) recorde-se que, em 2003, uma parte dos europeus se opuseram com firmeza à guerra no Iraque. Mas hoje a sua prioridade parece ser não se zangarem com os americanos” – idem, idem, idem, idem.

“Qualquer cessar-fogo sem se avançar nestes domínios estará condenado ao fracasso e pior, a tornar-se em factor de desestabilização que pode levar a uma crise ainda maior. Não o assumir é piedosa hipocrisia.” – José Manuel Fernandes,
Público, pg. 8, 24.07.2006, o qual também explica esses domínios ou critérios.

Citam-se os critérios…

“Primeiro critério (…) o reconhecimento por todas as partes de que, no território do que em tempos foi o mandato britânico da Palestina, devem coexistir dois Estados.” (Israel e Palestina).

“Segundo critério (…) ambas as partes aceitarem regressar à mesa das negociações para encontrarem a melhor solução para uma linha de fronteira que, na margem ocidental, nunca será exactamente a de 1967.”

“Terceiro critério (…) aplicação da resolução 1559 das Nações Unidas, que ordena o desmantelamento do Hezbollah e nunca foi aplicada.”

Fim de citação.

Sobre documento posto a circular pelo “Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente” (MPPM), subscrito por comunistas e alguns “inocentes” úteis, como D. Januário Torgal Ferreira (habitual), Mário Soares (habitual), Rui Vilar, José Mattoso, etc., uma passagem da notícia em que o
Público de 24 do corrente, pg. 7, dá conta da natureza desse abaixo-assinado:

“Esta ofensiva militar, `só possível em estreito conluio com os EUA´, não teria como objectivo libertar os militares raptados, antes `derrubar organizações políticas e dirigentes democraticamente eleitos, instalar uma correlação de forças neo-colonial na região e desestabilizar a Síria e o Irão`. Neste quadro (…).”

“Neste quadro”, diria eu… que por cada suposta cedência a Israel se exige a Israel uma cedência que seria a morte para a sua sobrevivência como Estado, sem nenhumas garantias lhe serem dadas a esse respeito pelos adversários militantes – os mais ferozes estão envolvidos nesta guerra – que negam a Israel o direito de existir.

Irá a Europa, se for encarregada de organizar a força de garantia e defesa da paz no Líbano (e na faixa de Gaza?), aceitar a missão como se pudesse ser neutra entre as partes em guerra?

Ou será altura de a UE dar os passos decisivos, em prol de Israel, que se devem esperar dela?

Mas que concluir das citações transcritas, tão desencontradas e sempre ocultando ou calando que a supressão de Israel, ou a sua simples menorização, seriam desastrosas para a credibilidade e sobrevivência também do Ocidente, em conjunto?

A.C.R.

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